Salvador: Caminhada da água pede Parque Ecológico em Cajazeiras

A mobilização começou bem cedo. Às 7h da manhã, alunos e professores das escolas do bairro já se aglomeravam na Rótula da Feirinha – Cajazeiras VIII, de onde a caminhada partiu em direção á sede da Cajaverde na Praça da Fazenda Grande II. No percurso, de aproximadamente 1,5 km, a manifestação recebeu o apoio de comerciantes e transeuntes, que faziam questão de saudar a marcha. “A grande receptividade da comunidade consolida a caminhada e mostra a importância da nossa luta pela preservação do Rio Ipitanga”, afirma Kilson Melo, coordenador da Cajaverde.

Todos os anos, a Cajaverde aproveita as comemorações do Dia Mundial da Água, 22 de março, para conscientizar os moradores de Cajazeiras sobre a necessidade de preservação da natureza e do consumo responsável de água doce. Durante a caminhada, muitas lideranças comunitárias explicam a necessidade de se preservar os rios Joanes e Ipitanga, responsáveis por 40% da água consumida em Salvador.

Para o coordenador da Cajaverde, a Área de Proteção Ambiental (APA) criada para a defesa desses rios, não tem condições de garantir a preservação das águas, pois é muito extensa e passa por 40 municípios. Por isso, segundo Kilson, é importante a criação do Parque Ecológico de Cajazeiras, na barragem do Rio Ipitanga. "O parque vai dar proteção maior à área da barragem e ao mesmo tempo ser uma opção de lazer para as Cajazeiras, bairro grande e carente de espaços para lazer para a comunidade", explica.

De acordo com o líder comunitário, foi dado um passo importante para a criação do Parque, fundamental para a preservação do rio. “Na próxima sexta-feira, técnicos da Embasa e do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) irão fazer uma vistoria na área em torno do Rio, com o objetivo de levantar dados para a demarcação do Parque. Isto já é uma grande vitória para nós”, ressalta Melo.

De Salvador,
Eliane Costa