Equador: Correa defende revolução no ensino universitário
"Se não houver uma revolução universitária, o Equador não terá desenvolvimento", afirmou neste domingo (21) o presidente Rafael Correa ao questionar a qualidade da educação superior, em relação ao investimento feito na mesma pelo país e às necessidades profissionais.
Publicado 21/03/2010 19:39
Correa abordou novamente o tema das universidades, que tiveram um investimento neste ano de 873 milhões de dólares por parte do governo do país.
Segundo o mandatário, "este montante é quatro vezes maior àquele atribuído pelo país à educação básica, e estamos investindo US$ 2,2 mil anuais por estudante universitário para receber uma educação de muito duvidosa qualidade".
"Não podemos continuar assim", enfatizou. "As universidades têm que prestar contas do que estão recebendo do país e podem dar bem mais. Temos o direito de exigir e as universidades o dever de dar muito mais ao povo equatoriano".
"É um problema de exigência, de reforma profunda, coordenação com a sociedade na qual se desenvolvem e excelência acadêmica", especificou, perguntando qual é o sentido em que se estejam formando 30 mil novos advogados quando já há 60 mil no país.
Correa perguntou-se onde vão trabalhar esses advogados quando se graduarem, e assinalou que há mais de 130 mil alunos em ciências administrativas, quando o país não requer essa quantidade. "Não podemos ter, em nome da autonomia, tal desarticulação com as necessidades sociais", afirmou.
Criticou que muitas universidades não defendam uma autonomia universitária, mas uma autarquia, e se neguem a prestar contas. "Já temos mais arquitetos por habitante que nos Estados Unidos", mencionou.
Em uma recente avaliação acadêmica, só 11 das 73 universidades aprovadas constam na categoria A (entre elas a Universidade Central), ao passo em que cerca de 30 devem fazer reformas e 26 estão na categoria E, ou seja, não podem funcionar como universidades.
Os três eixos que engloban o espírito da nova universidade, segundo Correa, são a consecução da excelência, sem claudicações; a vinculação da universidade à sociedade; e a prestação de contas, desde o âmbito financeiro até o acadêmico.
Fonte: Prensa Latina"Se não houver uma revolução universitária, o Equador não terá desenvolvimento", afirmou neste domingo (21) o presidente Rafael Correa ao questionar a qualidade da educação superior, em relação ao investimento feito na mesma pelo país e às necessidades profissionais.