Edíria Carneiro expõe na Câmara em homenagem às mulheres
Renovação e Esperança. É sobre esses temas que falam os quadros inéditos da exposição “No Tempo das Águas”, da artista plástica Edíria Carneiro, que será inaugurada na próxima quinta-feira, dia 4 de março, no hall da Câmara Municipal de São Paulo e prossegue aberta ao público até o dia 11 de março. Além da exposição, Edíria será uma das homenageadas, por indicação da bancada do PCdoB, na sessão extraordinária que será realizada dia 11 de março em homenagem ao dia Internacional da Mulher.
Publicado 02/03/2010 15:13 | Editado 04/03/2020 17:18
A vida e a obra de Ediria sempre foram entrelaçadas com a luta do povo brasileiro. A artista baiana atuou desde a juventude no movimento social. Em 1945, radicou-se no Rio de Janeiro após participar como delegada no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Desde então, colaborou como ilustradora para as publicações “Revista Seiva”, “A Classe Operária” e “Movimento Feminino”, entre outras publicações do Partido Comunista.
Nesse período, Ediria conheceu João Amazonas, presidente nacional do PCdoB. Vítima de feroz perseguição política em razão de sua luta por liberdade e igualdade social, Amazonas viveu por muitos anos na clandestinidade. Ediria, sua companheira, sofreu todas as consequências brutais de tal realidade também vivendo por diversos anos na clandestinidade.
Durante os obscuros anos de ditadura militar, fixou residência em São Paulo e,mantendo-se na legalidade, sob riscos de ser descoberta, enfrentou toda a sorte de dificuldades para criar e educar os três filhos do casal.
Em 1976 exilou-se na França, em companhia de seu marido João Amazonas. Passou a freqüentar o “Atelier 17 de D.M. Hayter, fazendo ainda estágios nos ateliers de Henri Goetz e Joelle Serve.
Estudou com renomados artistas, destacando-se Iberê Camargo, Santa Rosa, Axl Leskoschek, Carlos Oswald e Hayter. Integrou o Núcleo dos Gravadores de São Paulo e foi membro societére do Salon d’Autonme na França. Participou de importantes exposições, tais como Bienal Internacional de São Paulo, Bienal de Gravura de Taiwan, Muestra Internacional de Minigrabados (Madrid), Salon dês Artistes Français (Paris/França) e Salon Internacional Del Grabado (Madrid/Espanha). Possui obras nos acervos do MAM de São Paulo e em museus na Argentina e antiga Yugoslávia.
Sua arte retrata a realidade do povo brasileiro, suas mazelas e alegrias. No seu traço podemos sentir a delicadeza que emana do amor por seu povo, a angústia pelo sofrimento dos excluídos, a força que emerge dos explorados, a renovação e a esperança que brota das crianças e mulheres retratadas.
SERVIÇO
Dia 4 de março, às 18h
No Hall da Câmara Municipal de São Paulo
Inauguração da exposição “No tempo das Águas” de Ediria Carneiro
Aberto ao Público. Até o dia 11 de março.
Grátis
Dia 11 de março, às 15h
No Plenário 1º de maio, na Câmara Municipal de São Paulo
Sessão Extraordinária na Câmara Municipal em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Ediria Carneiro é a homenageada da bancada do PCdoB