Contagem: Moradores querem iluminação e segurança
“Um grito de dor”. Com esse sentimento, os moradores do Bairro Industrial realizaram manifestação pública, nesta sexta-feira (26/02) no bairro Industrial em Contagem. O ato foi idealizado pela Associação Comunitária do Bairro Industrial (ACBI) e União Brasileira de Mulheres (UBM).
Publicado 01/03/2010 10:46 | Editado 04/03/2020 16:50
Além dos moradores, alunos e representantes de entidades, participaram da manifestação a deputada Jô Moraes (PCdoB), deputado Carlin Moura (PCdoB) e o vereador Beto Diniz (PCdoB). Além de mobilizar o bairro para cobrar das autoridades uma solução para o descaso com a Avenida Aderbal Rodrigues Vaz, os manifestantes pediram mais segurança para a população, lembrando a memória das vítimas do maníaco sexual que assolou o bairro.
Há mais de 30 anos, essa avenida causa transtornos para os moradores devido a iluminação precária. A via está na divisa dos bairros Industrial (Contagem) e Lindéia (Belo Horizonte), porém, somente a parte pertencente a BH está iluminada. Além disso, é um dos principais pontos de ligação entre Contagem e a Capital, onde duas escolas estão localizadas.
No dia anterior a manifestação, o deputado Carlin Moura e o vereador Beto Diniz se reuniram com o presidente da Companhia Elétrica de Minas Gerais (CEMIG) pedindo solução para o caso. Segundo Carlin Moura, “essa é uma luta antiga, e o bairro Industrial necessita receber essas melhorias para garantir mais segurança aos moradores”. Na oportunidade, o presidente da Cemig Djalma Bastos prometeu dar prioridade para levantamento de custo e junto à prefeitura de Contagem para executar a obra.
Outro objetivo da manifestação era ressaltar a falta de segurança da população, principalmente para as mulheres. Desde abril de 2009, o bairro Industrial sofreu com os ataques de um maníaco sexual. O vereador Beto Diniz ressaltou que, “com esse problema da iluminação, a avenida era propício para mais investidas do “Serial Killer” . E conclui, “mesmo com a prisão o problema continua, pois pode haver outros crimes.” Além disso, duas das vítimas moravam apenas dois quarteirões da avenida.
A deputada Jô Moraes relembrou, também, o quanto a mulher está sendo sistematicamente agredida, até mesmo morta, por seus companheiros. Jô Moraes ainda descreveu a necessidade de implementação da Lei Maria da Penha com mais vigor. Segundo ela é a forma da mulher denunciar seu agressor e estar assegurada que não haverá impunidade.
De Contagem,
Lucas Santos