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Títulos da dívida dos EUA: China começa a se livrar do "mico"

De acordo com o economista Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), a China não lidera mais o ranking dos detentores de títulos da dívida pública norte-americana.

"Em dezembro de 2009, houve vendas líquidas de títulos norte-americanos da ordem de US$ 34 bilhões. Em novembro, a China tinha US$ 789,6 bilhões e ficou com US$ 755,4 bilhões em dezembro, sendo ultrapassada pelo Japão", contabiliza Benayon, acrescentando que o Japão, em novembro passado, detinha US$ 757,3 bilhões e, no mês seguinte, atingiu US$ 768,8 bilhões, após compras líquidas de US$ 11 bilhões.

Em terceiro lugar, vem o Reino Unido. "Curioso é que, há um ano, o Reino Unido não era o terceiro. Seu estoque mais que dobrou entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, de US$ 130 bilhões para US$ 302,5 bilhões", observou. A quarta posição é ocupada pelo bloco dos países exportadores de petróleo, com US$ 186,8 bilhões. O Brasil vem em quinto lugar.

Outra curiosidade apontada pelo professor da UnB é a pequena participação dos países mais fortes da Europa: Alemanha e França, as duas maiores potências financeiras da União Européia e grandes exportadores, têm respectivamente reservas de US$ 52,7 bilhões e US$ 37,5 bilhões aplicadas em títulos do tesouro norte-americano.

Na opinião do economista, os anglo-saxões "manobram" para evitar que o ouro suba mais e para manter o dólar como moeda internacional, em detrimento do euro:
"A Grécia desencadeou a crise do euro, mas há informações dando conta de que a Espanha será a próxima a ir para o buraco. Somente os bancos alemães têm exposição de 240 bilhões de euros na Espanha", destacou.

A informação é do Monitor Mercantil