Sem renúncia, cresce expectativa de intervenção no DF
Os desdobramentos da crise política no Distrito Federal aumentam a expectativa de uma intervenção federal no governo distrital. Depois que o governador em exercício, Paulo Octávio (DEM) voltou atrás na possibilidade de renúncia, a população e os políticos admitem que prevaleça, como solução para a normalização na gestão da capital federal, a intervenção federal proposta pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Publicado 19/02/2010 16:27
Para Gurgel, não existe solução mágica para Brasília. Uma das soluções ventiladas para a crise seria uma espécie de intervenção branca, com a Câmara Legislativa elegendo, de forma indireta, um governador de mandato-tampão. Para isso, as instituições deveriam entrar em um acordo sobre o nome escolhido para o cargo.
A renúncia de Paulo Octávio criaria outros problemas na sua sucessão. O seu substituto seria o novo presidente da Câmara Legislativa, deputado distrital Wilson Lima (PR), escolhido pelo governador preso, José Roberto Arruda, para ocupar o cargo, após a renúncia do presidente anterior, Leonardo Prudente (ex-DEM), também acusado nas denúncias de corrupção.
O presidente do Tribunal de Justiça do DF, desembargador Níveo Gonçalves, que faz parte da linha sucessória, já disse que não pretende governar o Distrito Federal. Isso no caso de Wilson Lima ou o vice-presidente da Câmara Legislativa desistirem de assumir o cargo.
Em meio às denúncias e investigações do esquema de corrupção, a mídia divulgou que, na primeira quinzena de março, o governo do DF abrirá licitação para a reconstrução do Estádio Mané Garrincha, uma obra avaliada em R$600 milhões.
Da sucursal de Brasília
Com agências