Pesquisa pretende identificar plantas que favorecem a apicultura
A apicultura está em expansão no Tocantins. Segundo estimativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para o ano de 2010 espera-se que a produção alcance a marca de 300 mil toneladas. Para contribuir com esse desenvolvimento, o biólogo Eduardo Ribeiro dos Santos, pesquisador da Unitins – Fundação Universidade do Tocantins – estuda a flora apícola na região do ribeirão São João, ao sul de Palmas.
Publicado 09/02/2010 23:23 | Editado 04/03/2020 17:22
O biólogo explica que para uma planta ser considerada apícola ela deve ser abundante na região, florescer abundantemente e por um período prolongado e possuir néctar e/ou pólen acessíveis às abelhas. “A ideia é conhecer quais abelhas visitam determinada planta”, disse o pesquisador. Para isso, a cada quinze dias serão feitas coletas de abelhas num trecho demarcado utilizando rede entomológica para serem analisadas em laboratório.
Em relação ao estudo da flora, em cada levantamento serão coletadas amostras férteis das plantas visitadas pelas abelhas que serão identificadas posteriormente. “O estudo detalhado das plantas que ocorrem numa determinada região, sua frequência, época de florescimento e as características do pólen podem auxiliar na determinação das espécies vegetais que contribuíram para a composição final do mel produzido naquela região”, ressaltou Santos.
O biólogo destaca que esse inventário da flora apícola deve ser regional, já que as espécies consideradas excelentes produtoras de néctar em uma região podem não ser em outra. “Essas informações podem subsidiar os apicultores tocantinenses quanto ao manejo dos apiários, pois o conhecimento da flora apícola dessa região pode facilitar a identificação, preservação e multiplicação das espécies vegetais mais importantes para a produção de mel”, revelou.
A pesquisa faz parte do Programa de Iniciação Científica da Unitins e conta com a participação do estudante de graduação Rondinelli Benicio Silva, bolsista do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O projeto é vinculado ao Projeto Sub-bacia São João, financiado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. O material coletado será guardado no Museu de Entomologia e no Herbário da Unitins e vai servir de acervo para pesquisas futuras. (Thâmara Filgueiras)
Fonte: Secom