Moisés Avelino: "Entre Gaguim e Siqueira, voto em Siqueira"
O governador Moisés Avelino (PMDB) afirmou ao blog nesta manhã de domingo, 7, que, num confronto eleitoral entre o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), votará em Siqueira.
Publicado 08/02/2010 13:51 | Editado 04/03/2020 17:22
"Não tem nem o que pensar, e apoiar Siqueira é uma questão de conversar", revelou Avelino sobre o que tem dito às pessoas sobre o processo eleitoral de 2010. "É uma brincadeira, mas com um fundo de verdade, principalmente pela forma como as coisas vêm sendo conduzidas no Estado."
Avelino admitiu ao blog que já teve um encontro com o ex-governador Siqueira Campos. "Mas foi um encontro superficial. Ficamos de voltar a conversar, como estarei conversando a partir de agora com todos os políticos do Estado", disse o deputado.
Ele classificou de "uma falta de delicadeza" o pedido que Gaguim fez neste sábado, 6, durante a eleição do diretório nacional do PMDB, em Brasília, para que Avelino fosse substituído pelo secretário estadual de Educação, senador Leomar Quintanilha, na executiva da legenda. Conforme Avelino, "depois que tudo tinha acabado", Gaguim pediu a palavra e questionou o fato de o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ter ficado na Executiva, mesmo sendo ministro, e Leomar não poder ocupar uma vaga sob o argumento de ser secretário de Estado. Contudo, Geddel tinha se licenciado para participar da eleição do PMDB. Leomar, não. "Então, ele [Gaguim] disse que tinha 90% do diretório do Estado, 137 prefeitos e 23 deputados estaduais… Foi uma indelicadeza, criou uma situação constrangedora", afirmou Avelino, que foi mantido na executiva peemedebista. O governador indicou o presidente regional do PMDB, deputado federal Osvaldo Reis, para a executiva.
Avelino disse que Gaguim conversava com ele toda semana, quando assumiu temporariamente o governo do Tocantins. Depois da eleição indireta na Assembleia, em outubro, o deputado afirmou não ter sido mais procurado pelo governador. "Passou, então, a me perseguir, a demitir meu pessoal, pessoas humildes. Na verdade, ele não tem preparo para ser governador", criticou o parlamentar.
Em entrevista ao blog nesse sábado, o governador reclamou de Avelino. Gaguim disse que o deputado federal nunca o apoiou "em nada". "Ele (Avelino) acha que não tenho competência para governar o Estado, mas o que o povo está dizendo é outra coisa", afirmou Gaguim. "Não tem que ficar chateado. Temos a maioria da executiva regional e, se quiséssemos, poderíamos expulsá-lo e ele perderia a vaga na executiva nacional, mas não vamos fazer isso. Porém, tem que nos respeitar! Não queremos briga com ninguém, mas, para toda ação, haverá uma reação. Do jeito que eles [grupo de Avelino] me tratarem, eu também os tratarei", avisou o governador.
União de ex-adversários
As divergências entre o deputado e Gaguim caminham para levar à união de dois ex-adversários políticos: Avelino, governador do Tocantins entre 1991 e 1994, e Siqueira Campos (1989-1990/1995-1998/1999-2001). Avelinistas e siqueiristas se digladiaram durante muito tempo na década de 1990. "Do jeito que está, vão me jogar no colo da oposição", brincou Avelino ao final da entrevista.
Fonte: Cleber Toledo