Tarso: candidatura presidencial de Ciro deve ser respeitada
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a possível candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), à Presidência é legítima e deve ser respeitada. Ele afirmou nesta quinta-feira (4) que um apoio à petista Dilma Rousseff no primeiro turno seria 'ótimo', mas que uma candidatura própria não enfraqueceria a candidatura da ministra da Casa Civil.
Publicado 04/02/2010 15:06
Ciro manifestou nesta quarta-feira (3) sua disposição de manter a candidatura presidencial, contrariando o desejo do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tentam convence-lo a disputar o governo de São Paulo). Em entrevista no plenário da Câmara dos Deputados, ele disse que que só desiste da candidatura será o PSB determinar: "Aí, eu aceito docilmente".
Para Tarso Genro, "é ótimo que ele esteja conosco desde o primeiro turno, mas se acontecer (de Ciro ter candidatura própria) temos que respeitar. Uma candidatura de Ciro no primeiro turno não implica em fragilização da candidatura de Dilma. É claro que ele junto com a ministra deixa a Dilma fortalecida", disse o ministro, que participou da 33ª Caravana da Anistia na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Para o ministro, a intervenção do presidente Lula apontando Dilma como candidata à sucessão presidencial pelo PT foi correta. Perguntado se falta carisma à ministra para se tornar presidente, Genro respondeu: "O que acontece é que ninguém tem o carisma de Lula. Foi só isso que eu disse."
"Dever cumprido" no ministério
Sobre a escolha de um nome para a vice-presidência pelo PMDB, Genro afirmou que o partido é que deve decidir qual a melhor opção. Ele disse que o PT não tem nenhuma preferência. Genro deixará o governo no próxima quarta-feira, dia 10, para se dedicar à sua candidatura a governador do Rio Grande do Sul, onde aparece encabeçando as pesquisas.
Tarso Genro disse que sai do Ministério da Justiça com a sensação de dever cumprido. "Não é que eu tenha realizado todas as minhas utopias. Mas trabalhamos incansavelmente para colocar os programas em execução", afirmou.
O ministro disse ainda que a sua saída não fortalece o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em relação ao plano de Direitos Humanos. Tarso disse que não existem divergências entre os dois. "O plano de Direitos Humanos não vai ser revogado. Ele pode ser adaptado conceitualmente", previu o ministro.
Da redação, com agências