Lula inaugura 78 escolas federias. Oito delas no Rio

O presidente Lula inaugurou simbolicamente, no dia 1º, 78 escolas federais de educação profissional, para ensino médio e curso superior técnico, licenciatura (química, física e matemática) e pós-graduação. Destas, oito são no Rio de Janeiro, com mais de mil e cem vagas.

As escolas ficam em diversas regiões do país e 32 já estão em funcionamento. As demais entrarão em atividade a partir de março. No estado do Rio, as escolas estão nos seguintes municípios: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Arraial do Cabo, Engenheiro Paulo de Frontin, Quissamã, Itaperuna, Valença e Itaguaí. As seis primeiras já estão em funcionamento, as outras receberão os alunos a partir do próximo semestre.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), até o final do ano, o país terá 380 escolas técnicas com mais de meio milhão de vagas disponíveis.

Na avaliação do pesquisador em educação e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Gaudêncio Frigotto, o governo reagiu positivamente sob a ameaça de um “apagão educacional”, no qual setores em expansão da economia temiam a falta de mão de obra qualificada, como, por exemplo, o setor petrolífero, mineral e da construção civil.

Ele, no entanto, assinala que a oferta de cursos profissionalizantes deve ser feita sem perder a qualidade do ensino. “É uma iniciativa muito importante, resta saber se a qualidade que o ensino técnico federal já tinha será mantida. Se sim, excelente”, comentou.

Frigotto também espera que os cursos profissionalizantes “não enfoquem apenas o mundo do trabalho”, disse fazendo referência à formação técnica e humanista dos estudantes.

Concursos

Para garantir o funcionamento das novas escolas, os institutos federais realizarão concursos públicos para contratação de professores e técnicos administrativos. O Ministério do Planejamento já autorizou a abertura de concurso público para a contratação de 8,9 mil profissionais de educação, sendo cinco mil professores e 3,9 mil técnicos administrativos. Os cargos foram aprovados pelo Congresso Nacional.