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UBM e Unegro realizam debates no FSM

A tarde desta terça-feira (26/01) contou com atividades de diversas organizações que constróem o Fórum Social Mundial em Porto Alegre (RS). Entre elas, uma rica discussão sobre o Estatuto da Igualdade Racial, promovida pela União de Negros pela Igualdade (Unegro), e também o profícuo debate "Mulher no Espaço de Poder" promovido pela União Brasileira de Mulheres (UBM).

Mulheres de diversos estados brasileiros, que vivenciam diferentes realidades, participaram do debate em conjunto com homens que se somam à luta pela emancipação da mulher. Para a UBM, a participação de homens neste debate é fundamental, pois o machismo deve ser superado pela sociedade, e não pode ser uma luta apenas das mulheres.

Participantes do grupo que debateu a presença da mulher nos espaços de poder problematizaram a relação dos partidos políticos com as cotas de mulheres em chapas eleitorais e denunciaram a desvalorização do trabalho doméstico e do trabalho de cuidado, ressaltando que nem mesmo a aposentadoria para as chamadas donas-de-casa conseguiu ganhar espaço para debate na sociedade a fim de ser impulsionado como bandeira.

Na concepção da UBM, a tecnologia e o trabalho compartilhado entre homens e mulheres devem ser os caminhos para resolver o impasse da dupla jornada da mulher, que, embora tenha conquistado considerável espaço no mercado de trabalho, ainda é incubida da carga de se responsabilizar pelo trabalho doméstico, o que mantém a mulher no âmbito da vida privada. Tal realidade, que afasta as mulheres da vida pública, reflete no pequeno número de representantes mulheres nos parlamentos e cargos executivos.

Igualdade racial

Membros da Unegro de todo o país e participantes do FSM que conheceram a entidade neste debate defenderam o Estatuto da Igualdade Racial aprovado neste ano e apontaram os desafios do movimento, que passma por combater a onda reacionária encabeçada por Ação Direta de Inconsticionalidade movida pelo Partido Democrata (DEM) contra o estabelecimento de cotas raciais e étnicas em universidades públicas.

De Porto Alegre, Luana Bonone