Ministro da Agricultura é nomeado vice-presidente da Venezuela

“Decidi por Elias, que é um jovem integrado à revolução desde que era dirigente estudantil, e que tem uma trajetória de transparência, humildade e honestidade em todos os cargos que já ocupou”, disse Chávez ao anunciar o nome de Jaua. Elías Jaua tem 40 anos, é professor universitário e sociólogo formado pela Universidade Central da Venezuela.

Para o Ministério da Defesa, que também era ocupado por Carrizáles, foi nomeado o general Carlos Mata Figueroa. O presidente pediu à população que não acredite nos boatos de que a saída de Carrizáles reforçou a oposição no país. "Que ninguém caia no jogo dos desesperados”, disse Chávez.

"Eles seguem usando a violência como recurso para desestabilizar o país. Faço um chamado a esses setores, para que em vez de gerar violência, provocar mortes e angústia, façam política. Comecem a coletar assinaturas pacificamente”, afirmou, segundo a Telesur.

Chávez descartou um paralelo com a situação de Honduras, que sofreu um golpe de Esta em junho passado: "Eu sugiro que tomem consciência. Aqui não conseguirão uns militares como os de Honduras", afirmou.

Nova renúncia

Logo após o anúncio dos pedidos de demissão do vice-presidente e ministro da Defesa da Venezuela e de sua mulher, o presidente do estatal Banco da Venezuela, Eugenio Vázquez Orellana, anunciou nesta terça-feira que vai deixar a instituição por motivos de saúde.

Fontes do Banco Central da Venezuela – que pertencia ao grupo Santander e fora estatizado em julho passado – afirmam, no entanto, que divergências entre o novo ministro da Economia, Finanças e Planificação, Jorge Giordani seriam o real motivo, segundo o jornal "El Universal".

Segundo informações extra-oficiais, Giordani já teria pedido que o ministro José Rojas, representante da Venezuela no Banco Mundial, assuma o cargo deixado por Vázquez Orellana, que é pessoa de confiança do Ramón Carrizalez. Os maus resultados do Banco de Venezuela nos seis primeiros meses de gestão estatal, quando o faturamento caiu 25% em comparação ao mesmo período no ano anterior, de administração privada, também teriam pressionado Orellana a deixar o cargo.

Protestos

A polêmica gerada pela suspensão das operações da emissora privada Radio Caracas Televisión Internacional (RCTVI) continuou na Venezuela, com manifestações a favor e contra a medida, as quais, após a morte de dois jovens na segunda-feira, deixaram pelo menos oito feridos em uma cidade do leste do país.

Em Mérida, no oeste da Venezuela, um menor de 15 anos e um estudante de 28 morreram a tiros durante protestos. Nesses incidentes, também ficaram feridos 22 policiais, disse nesta terça o governador da província, Marcos Díaz.

Com agências