Sem categoria

PMDB discute divergências com PT nos palanques estaduais

A escolha do candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo PT não será o tema principal do jantar que reunirá a cúpula do PMDB na residência oficial do presidente da Câmara, Michel Temer, na noite desta quarta-feira (20). No primeiro encontro que reunirá as lideranças do partido em 2010, a prioridade continua sendo a resolução das divergências na construção dos palanques estaduais com o PT.

Lideranças peemedebistas assistem ao fortalecimento da pré-candidatura à Presidência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fato que os estimula a querer consolidar o compromisso pré-eleitoral com o PT. Contudo, as disputas pelas cabeças-de-chapa dos cargos majoritários – governador e senador – ainda são os principais entraves à confirmação da aliança formal entre PMDB e PT na esfera nacional.

Segundo uma fonte próxima a Temer, a discussão sobre o nome do partido que dividirá o palanque com Dilma acontecerá "pra valer" somente em março, após a convenção nacional do PMDB. A ideia é aguardar a eventual reeleição de Temer ao cargo de presidente nacional do partido – nesta hipótese, ele se fortaleceria para se tornar o nome natural da legenda ao posto de vice de Dilma. Por enquanto, o nome de Temer corre paralelamente ao do ministro das Comunicações, Hélio Costa, que poderia atrair votos do eleitorado mineiro.

Aliás, o nome de Hélio Costa é, atualmente, um dos coringas nas mangas do PMDB, porque uma das disputas estaduais mais acirradas entre petistas e peemedebistas desenrola-se em Minas Gerais. O PMDB quer lançar Costa como candidato à sucessão estadual, enquanto o PT tem dois pré-candidatos: o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. O líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN), defende um entendimento entre as duas siglas para que seja escolhido o nome que estiver à frente nas pesquisas eleitorais. Por enquanto, esta posição é ocupada por Costa.

Outros palanques que devem ser discutidos nesta noite são Bahia, Pará e Mato Grosso do Sul. A disputa pelo governo baiano também está aquecida. Enquanto o governador petista, Jaques Wagner, busca a reeleição, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, insiste em concorrer ao governo. Geddel alega que precisa disputar o cargo até como um meio de preservar o espaço do PMDB na cena política local. Naquele Estado, segundo Geddel, o PMDB estaria encolhendo devido à polarização entre DEM e PT, após a eleição de Wagner em 2006.

Fonte: Agência Estado