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Centrais sindicais do Brasil doam R$ 200 mil às vítimas do Haiti

As seis centrais sindicais brasileiras — CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB e UGT — decidiram, em reunião realizada nesta sexta-feira (15) na cidade de São Paulo, destinar R$ 200 mil às vítimas do terremoto no Haiti. A quantia será enviada por meio da Cruz Vermelha e deve chegar o mais rápido possível ao país caribenho.

Na tragédia, o Brasil perdeu a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e de pelo menos 15 militares envolvidos na polêmica missão militar da ONU, que tiveram sua morte confirmada quinta-feira (14) pelo comandante do Exército, Enzo Peri.

O forte terremoto que sacudiu o país na tarde da última terça-feira, 12 de janeiro, abalou o mundo. O presidente da CTB, Wagner Gomes, salientou a importância da solidariedade internacional. "Não podemos nos abster frente a tanto sofrimento e destruição. Lamentamos muito o fato ocorrido e somos solidários a este povo tão sofrido."

Wagner também assinou uma nota em que a CTB presta solidariedade ao país caribenho e “manifesta seu profundo pesar aos familiares desta grande humanista”, Zilda Arns. Confira abaixo a íntegra da nota.

Solidariedade classista com o povo do Haiti

O forte terremoto que sacudiu o Haiti na tarde da última terça-feira, 12 de janeiro, está provocando uma tragédia humana que comove e desperta solidariedade em todo o mundo. O premiê do país, Jean Max Bellerive, estima que o número de mortos pode superar 100 mil, o que equivale a mais de 1% da população. A capital, Porto Príncipe, está devastada, o sistema de telecomunicações entrou em colapso, o aeroporto não funciona e os prejuízos econômicos ascendem a bilhões de dólares.

O Brasil chora a morte da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e de pelo menos 11 militares envolvidos na polêmica missão militar da ONU, que tiveram sua morte confirmada quarta-feira (13) pelo comandante do Exército, Enzo Peri. Há oito brasileiros desaparecidos e nove feridos. São números provisórios, que podem aumentar na medida em que a verdadeira extensão da tragédia for descoberta sob os escombros do terremoto.

Com 75 anos, Zilda Arns dedicou sua vida à defesa das causas humanitárias, com destaque para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Chegou a ser indicada três vezes para o Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento ao trabalho humanitário que realizou ao longo da existência.

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifesta seu profundo pesar aos familiares desta grande humanista e dos 11 militares mortos na tragédia e expressa sua solidariedade a todo o povo do Haiti.

São Paulo, 13 de janeiro de 2010

Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
 

Da Redação, com informações do Portal CTB