Cuba rejeita inclusão pelos EUA em lista de países “terroristas”
O Escritório de Interesses Cubanos em Washington assegurou que o governo de Cuba coopera com a luta internacional contra o terrorismo e rejeitou sua inclusão pelos Estados Unidos na lista de países que incentivam esse tipo de crime.
Publicado 05/01/2010 15:59
Em declarações à Agência Efe, o porta-voz do Escritório de Interesses Cubanos em Washington, Alberto González, disse que seu país "cumpriu, cumpre e cumprirá com as medidas de segurança reconhecidas internacionalmente para estes casos".
Segundo González, Cuba "não reconhece autoridade moral alguma do governo dos EUA para certificar sua inclusão e a dos cubanos neste tipo de lista".
O porta-voz do Escritório de Interesses Cubanos em Washington acrescentou que "o território cubano jamais foi utilizado para organizar, financiar ou executar atos terroristas contra os EUA ou qualquer outro Estado".
Nesse sentido, sugeriu que a inclusão de Cuba na "lista negra" tem cunho político, porque Washington "não pode citar um só ato ou intenção terrorista que tenha vindo de território cubano".
Segundo Gonzales, Cuba foi "vítima de violência e terrorismo" de pessoas como Luis Posada Carriles, acusado por Havana da explosão de um avião cubano e que permanece nos Estados Unidos por infrações migratórias.
Em abril de 2009, o Departamento de Estado americano decidiu manter Cuba em sua lista por considerar que membros de grupos como ETA, Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) "permaneceram em Cuba em 2008".
Segurança
Após o fracassado atentado contra um voo que pousaria em Detroit no último dia do Natal, os EUA aumentaram a revista de passageiros estrangeiros, em particular os de Cuba, Irã, Sudão e Síria, países que acusa de incentivar o terrorismo.
Também passarão por revistas mais intensas nos aeroportos americanos os passageiros de "países de interesse", cuja lista inclui Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen.
Fonte: Opera Mundi