Deputados rejeitam moção de aplausos para Senadora

 

 Os deputados estaduais do Tocantins rejeitaram a moção de aplausos proposta por Osires Damaso (DEM) à senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu (DEM). A matéria foi proposta uma semana depois de os parlamentares terem aprovado uma moção de repúdio à senadora. Foram 14 votos contra, duas abstenções (de Raimundo Moreira, do PSDB, e Cacildo Vasconcelos, do PP), e apenas os votos favoráveis dos dois democratas na Casa: Damaso e Toinho Andrade.

Votaram contra Cesar Halum (PPS), Sandoval Cardoso (PMDB), Zé Viana (PSC), Raimundo Palito (PP), Marcello Lelis (PV), Luana Ribeiro (PR), Stalin Bucar (PR), Solange Duailibe (PT), Paulo Roberto (PR), José Geraldo (PTB), Iderval Silva (PMDB), Josi Nunes (PMDB), Pastor Pedro Lima (PR) e Manoel Queiroz OPPS).

A matéria teve grande repercussão, com a presença de vários democratas e também de integrantes do governo estadual acompanhando a votação. O tema foi muito debatido e gerou ataques, inclusive de cunho pessoal, entre os depuatdos.

Ao discutir a matéria, Damaso enfatizou a presença de Kátia na relação de nomes mais influentes do país, conforme a Revista Época, neste ano, lembrado que a lista tem nomes como o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de José Serra (PSDB). 

O democrata declarou que o Estado deveria se orgulhar de ter a senadora nesta lista. O também democrata Toinho Andrade, ao ouvir os discursos contrários da maioria dos deputados, disse que “é triste ver” que os deputados “não reconhecem a importância de Kátia Abreu”. 

Ele declarou que os parlamentares estão se sentindo incomodados com a força da democrata e que no ano que vem, vão se incomodar ainda mais. Ele garantiu que ela será eleita governadora do Estado em 2010.

Campos Lindos
A publicação da revista Carta Capital tratando de “um golpe” a camponeses que teria beneficiado nomes como Kátia Abreu, foi destacada na fala de vários parlamentares para justificar o motivo de votar contra a moção de aplausos. Stalin Bucar (PR), por exemplo, acusou a senadora de se utilizar do poder para se beneficiar em cima dos mais humildes e declarou que os parlamentares não estão criando fatos para tentar abalar a senadora. 

Diferente de quando se referiu à Carta Capital, quando questionava a credibilidade do veículos, desta vez, Damaso enfatizou que a Época é uma publicação conceituada e merece ser destacada.

Luana Ribeiro, por sua vez, disse que a senadora envergonha o Estado quando parece na imprensa nacional acusada de crimes contra a população. Damaso, mais uma vez, respondeu, dizendo que Luana deveria também se envergonhar de seu pai, o senador João Ribeiro, que já enfrentou processo referente à prática de trabalho escravo. 

O ex-democra, Cesar Halum, foi o primeiro a ir à tribuna discutir a matéria. Num primeiro momento, declarou que iria se abster de votar, como fez quando foi proposta moção de repúdio, mas no decorrer do discuro, fez duras críticas à postura de Kátia e declarou que não poderia ser favorável a uma moção de aplausos a alguém que, segundo ele, acusou os deputados de serem corruptos e de vender seu voto na eleição indireta ao governo do Estado e que questiona na Justiça seu mandato de deputado e o do governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB). 

Halum lembrou que o deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) também já figurou nesta mesma lista dos 100 mais influentes, em outra ocasião.

 
Fonte: Cleber Toledo