China aponta ricos como causadores do aquecimento global
Referindo-se à responsabilidade histórica dos países ricos em relação à mudança climática, a China afirmou nesta terça-feira (8) em Copenhague que essas nações que devem cortar ao máximo as emissões de gases de efeito estufa.
Publicado 08/12/2009 17:19
A China afirmou recentemente que vai reduzir entre 40% e 45% a emissão de CO2 por unidade do seu produto interno bruto até o ano de 2020, com relação aos níveis do PIB de 2005. As metas chinesas foram objeto de crítica dos países componentes da União Europeia, que consideraram a proposta "pouco ambiciosa".
O diretor do departamento chinês de mudança climática da Comissão do Desenvolvimento Nacional, Su Wei, afirmou que não se podem equiparar as propostas dos países desenvolvidos com as das nações em desenvolvimento.
"Não é legítimo comparar uma medida de redução voluntária e nacional, como é a da China, com os compromissos internacionais de redução de emissões de dióxido de carbono a que estão obrigados os países desenvolvidos pelo Protocolo de Quioto", argumentou.
Su destacou que os países em desenvolvimento têm responsabilidades diferentes, apontando que cabe aos ricos reduzir de forma linear as emissões.
O representante chinês também é preciso deixar claro, na Cúpula da ONU da Mudança Climática que os países ricos foram os "causadores" do aquecimento global, com o processo de industrialização.
"Devem deixar espaço para que os países em vias de desenvolvimento também se industrializem e respaldem o apoio financeiro de transferência tecnológica", afirmou.
A União Europeia (UE) se compromete a realizar um corte de apenas 20%, que poderia ser ampliado caso outras nações também reduzam de "forma similar" as emissões.
Já os EUA, muito recalcitrantes na administração Bush em relação a cortes de emissão de gases, fizeram uma tímida proposta, propondo cortar suas emissões em 17% até 2020, em relação aos níveis de 2005.
Com agências