Para IBGE, Ceará é o Estado que mais reduz mortalidade infantil
O Ceará registra pelo segundo ano consecutivo a maior redução na taxa de mortalidade infantil apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas na terça-feira, 1º de dezembro.
Publicado 04/12/2009 09:57 | Editado 04/03/2020 16:34
Entre 1998 e 2008, a taxa de mortalidade entre crianças no Estado foi reduzida em 37,14%. Caiu de 45,5 óbitos por mil nascidos vivos para 28,6 por mil. No ano passado, o IBGE já havia registrado redução de 58,23% na taxa entre 1991 e 2007, a maior do Brasil.
No período avaliado pelo IBGE, o Ceará avançou duas posições no ranking da mortalidade infantil e ocupou em 2008 o 19º lugar, superando os Estados do Acre e da Bahia. Historicamente detentores dos maiores índices de mortalidade infantil, os Estados da Região Nordeste, puxados pelo Ceará, foram os que mais reduziram as mortes de crianças no período e oito deles registraram os melhores percentuais de queda da taxa de mortalidade infantil.
O Governo do Estado quer diminuir a mortalidade infantil no Ceará em 5% em 2009 e mais 5% em 2010, como estabelece o Plano Estadual de Redução da Mortalidade Infantil, que a Secretaria da Saúde do Estado divulgou no mês de junho. O Plano estabelece três linhas de ação prioritárias: a implantação de 57 novos leitos de UTI neonatal, passando das atuais 118 para 175, criação de 209 novos leitos nas unidades de cuidados intermediários neonatal, chegando a 383, e expansão da cobertura do Programa Saúde da Família nos 18 municípios prioritários. Os municípios onde as ações de redução da mortalidade infantil serão mais intensas são Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Canindé, Itapipoca, Quixadá, Sobral, Tianguá, São Benedito, Viçosa do Ceará, Crateús, Camocim, Granja, Icó, Iguatu, Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte.
Segundo o Secretário João Ananias, o número de óbitos infantis é maior na faixa etária de menores de sete dias. Em 2007, o número de óbitos perinatais, que incluem perdas fetais a partir de 22 semanas de gravidez, até os menores de sete dias após o parto, foi de 2.819 casos, de acordo com o levantamento da Sesa. As causas se relacionam, principalmente, à qualidade do pré-natal a que a mãe se submete e da assistência à mulher no parto. De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2000 e 2007 morreram 24.121 crianças menores de um ano no Ceará. Do total, a maior quantidade foi em Fortaleza (6.484 óbitos), seguida de Juazeiro do Norte (678) e Caucaia (604).
Fonte: Assessoria de Imprensa da Sesa