CMS quer assembleia com 5 mil em 2010

Entidades que compõem a CMS se reuniram nesta sexta-feira (4/12) no Sindicato dos Petroleiros de São Paulo para debater como organizar o conjunto dos movimentos sociais em 2010.

A representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) Lúcia Stumpf defendeu a necessidade de ser estabelecida uma agenda unificada das entidades e movimentos. Para Lúcia, é importante que as atividades realizadas durante o ano acumulem para a aprovação de uma plataforma dos movimentos sociais em meados de 2010.

O representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Joaquim, fez questão de alertar: “os movimentos não podem ficar absorvidos apenas pelo tema das eleições”. A opinião do MST foi recebida como consenso pelo conjunto das entidades, mais preocupadas em aproveitar o momento político das eleições para realizar o debate sobre um projeto de Brasil a ser implementado, cobrando dos elegíveis e debatendo com os eleitores, além, é claro, da necessária mobilização popular.

Para a representante da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Mara Feltes, o fundamental é “garantir o protagonismo popular”, e completa: “não adianta uma bela plataforma se não houver mobilização social para defendê-la”.

A partir dessas opiniões, foi estabelecido o calenmdário, de acordo com a proposta inicial. Ficou agendada para 29 de janeiro uma reunião dos movimentos sociais durante o FSM em Porto Alegre – 25 a 29 de janeiro – para fazer uma atualização projeto Brasil e estabelecer a agenda dos movimentos. A mesma reunião deverá se repetir nas atividades do FSM em Salvador, que será realizado entre 28 e 31 de janeiro.

Após as atividades do FSM, foram destacadas agendas políticas nas quais os movimentos devem se concentrar e acumular o debate para elaboração da plataforma do Projeto Brasil 2010. A primeira delas é o Dia Internacionald a Mulher, em 8 de março, que completa cem anos e contará com uma marcha que partirá de Campinas até São Paulo. Além disso, foram destacadas as jornadas de lutas da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e também as atividades do Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio.

Todas estas atividades devem produzir debate e mobilização que subsidiem a realização de uma grande assembleia dos movimentos sociais, que já tem indicativo para ocorrer em 29 de maio. A perspectiva é que o encontro reúna pelo menos 5 mil pessoas das mais diversas organizações, a fim de establecer a pauta e as ações dos movimentos sociais para o próximo período.

De São Paulo, Luana Bonone