Massacre no Afeganistão provoca crise no governo alemão
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve decidir pelo reforço em cerca de 30 mil soldados, e pedir que os aliados da Otan enviem mais 10 mil soldados para o Afeganistão.
Publicado 27/11/2009 20:11
Obama afirma que após oito anos a sua intenção é “terminar o trabalho”, e acredita que a apresentação dos objetivos e da justificação da estratégia adotada trará o apoio dos americanos.
Nos últimos meses, a condução do conflito tem dividido o governo estadunidense, que para além da escalada de violência dos últimos meses, lida com o complexo tema da corrupção no país e a desacreditada eleição de Hamid Karzai.
Entre os aliados, a Alemanha assistiu ao desfecho das investigações sobre um ataque aéreo no Afeganistão, em setembro, que causou dezenas de mortos civis, incluindo crianças.
O general Wolfgand Schneiderhan, chefe do Estado-Maior-Geral das Forças Armadas da Alemanha, demitiu-se sob a acusação de ter sonegado informações sobre as vítimas do ataque.
Os caças da Otan bombardearam caminhões-tanque em 4 de setembro, por indicação do comandante do contingente alemão estacionado em Kunduz, o coronel Georg Klein.
Este temia que os talibãs utilizassem os veículos em ataques suicidas. O escândalo atingiu também o ministro alemão do Trabalho, Franz Josef Jung, que também apresentou a sua demissão. Jung era o ministro da Defesa no momento dos acontecimentos.
Holanda e Canadá devem retirar as suas tropas e o Governo italiano também enfrenta grande contestação pública.
Fonte: Esquerda