José Cícero – Sobre o fim do mundo, meio ambiente e os Maias
Diante de tantas catástrofes naturais que ora se abatem em todos os quadrantes do planeta, a velha ideia do final do mundo nunca esteve tão em voga como agora. E não é por menos, visto que a civilização humana vem passando por um acelerado processo de deterioração em todos os aspectos que se possa imaginar. E isso de algum modo tem se refletido nas esferas da vida terrena, tanto do concreto quanto do campo magnético e espiritual da biosfera.
Publicado 27/11/2009 11:13 | Editado 04/03/2020 16:34
A energia da negatividade há muito vem superando o lado positivo dos chamados pólos planetários. Não se trata apenas de uma discussão mística ou suprafísica das atuais condições em que vive a humanidade, mas, sobretudo de avaliarmos com os olhos da razão todo o estágio de descalabro em que se encontra mergulhado o planeta e os que nele habitam.
Estamos vivendo um momento crucial em que o homem contemporâneo está sendo chamado a escolher: ou muda sua forma de convivência com a natureza e com seus pares, ou conhecerá inapelavelmente daqui a pouco, o mesmo fim que tiveram os dinossauros. E o que é pior: já adentramos o ponto limite. Não há mais tempo para espera. Daqui a pouco tudo será irreversível.
Portanto, esta é de fato, uma caminhada sem volta. Há fortes sinais de que o planeta está doente. Tudo por conta das diversas atividades antrópicas com que os seres humanos têm sistematicamente desrespeitado e maltratado, ao longo da história planetária, a mãe-natureza e os seus recursos naturais.
Terremotos, tufões, tsunamis, secas, desertificações, fome, extinção de espécies, poluição, aquecimento global, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, derretimentos das calotas polares, elevação do nível do mar, escassez de água e tantos outros malefícios relacionados à natureza têm sido uma tácita evidência de que algo de muito grave vem vindo por aí ao nosso encontro. O desequilíbrio climático agora é um fato gritante que de algum modo devia gerar preocupações em todos os habitantes da Terra em especial nas hostes do poder mundial.
Ainda não sabemos até certo ponto, se os livros sagrados de diversos povos e religiões do mundo estão corretos. Porém, se fomos observar atentamente os que dizem, por exemplo, os Vedas, a Bíblia, o Alcorão, o Talmude, o Bhagava Gita, o Torah, a Cabala, dentre outros, é possível constatar uma curiosa proximidade de observação naquilo que ambos descrevem. E mais que isso. O mais incrível é que a maioria dos fatos apontados está sendo comprovada nos dias atuais.
Não estamos diante de nenhuma profecia mirabolante ou embuste de falsários, como sempre foi comum encontrar de tempos em tempos. No entanto, a desordem em que se encontram os fenômenos naturais e a própria humanidade nos leva a acreditar que algo está prestes a ocorrer e de maneira definitiva, isto é, a destruição total da espécie humana e da biodiversidade como um todo. Há inclusive quem diga que o impacto da atual civilização sobre o planeta é bem menor que o impacto de um meteoro, como aquele que supostamente provocou a extinção dos grandes répteis há milhares de anos atrás.
A história tem provado com a aquiescência da ciência moderna de que a Terra já passou por várias catástrofes, um ciclo que vem se repetindo ao longo das eras geológica e natural da Terra. O que redundou em pouco mais de 5 longas eras glaciais quando a vida na Terra praticamente cessou por cerca de 41 a 100 mil anos. Quando a vida no planeta foi praticamente extinta, tendo que começar literalmente do marco zero. A mais recente, ocorreu a cerca de 150 milhões de anos que coincidiu com o fim dos dinossauros. Provavelmente ocasionada por um choque de um grande corpo celeste, um meteoro gigante que atingiu violentamente a Terra.
Basta dizer que um desvio, mudança por menor que seja no eixo da Terra, trará consequências imprevisíveis. De modo que um choque com um corpo espacial redundará numa destruição em massa de todas as espécies.
Os profetas do apocalipse reservam agora o final do ano de 2012, como o momento em que o mundo chegará ao seu final. Tendo por base, entre outras coisas, o calendário da civilização Maia, um povo que já não existe e que viveu na mesoamérica pré-colombiana. O tal calendário termina curiosamente em 2012 e aponta de modo profético uma série de eventos fatalistas como colisões de meteoros e planetas gigantes com a terra, além de tempestades solares que deixarão o planeta às escuras, colapso dos ecossistemas, epidemias, tremores sísmicos, vulcões e ondas gigantes que adentrarão cerca de 160 km no continente.
Para alguns sensitivos, há um esquema para a evacuação do planeta organizado por naves interplanetárias de outras civilizações do cosmos, por sinal mais avançadas que nós, científico, espiritual e tecnologicamente. Para estes sensitivos e outros pesquisadores adeptos da ufologia mística, um terço da população terrena irá sucumbir. Somente as partes mais altas da Terra ficarão incólumes e os que lá estiverem sobreviverão.
Nunca é demais lembrar que o grande cientista Albert Einstein, um dos mais inteligentes que pela Terra já passou, alertara: “sem as abelhas, os homens desaparecerão em quatros anos”. Mais uma profecia? Não. Isso agora é uma constatação. As abelhas estão desaparecendo da face da Terra. Atacadas que estão por agrotóxicos, poluição, desmatamento, vírus e desorientadas pela confusão do campo/pólo magnético da Terra, não conseguindo retornar às suas colméias. 90% da polinização dos vegetais do mundo é feita pelas abelhas. A situação ambiental e de convivência social e espiritual das pessoas está tão grave que agora Nostradamus passou a ser a bola da vez.
O fim do mundo agora tem o respaldo, inclusive da ciência. O planeta vem dando claros sinais do seu esgotamento vez que não consegue mais repor tudo o que os 6,7 bilhões de pessoas vêm consumindo como verdadeiras formigas e gafanhotos devoradores dos recursos naturais.
Se em 2012 a Terra sucumbirá, ninguém saberá com exatidão. A ordem é simplesmente esperar. Agora, uma coisa é certa. A natureza já começa a cobrar de todos nós, seus honorários ambientais. O desequilíbrio climático e a degradação dos ecossistemas terrestres são apenas alguns dos fortes indicativos de toda uma desordem terrena que só tende a piorar.
Resta-nos, portanto, a tomada de uma nova consciência cósmica calcada numa visão holística, humana e espiritual da vida e do planeta, enquanto ainda há tempo. Porque daqui a pouco nada poderá ser feito…
A propósito, se ainda não estamos no fim do mundo, estamos pelos menos adentrando o começo do fim.
José Cícero é Professor, poeta e escritor.
Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões Vermelho