Chanceler Patrícia Rodas não descarta ser candidata em Honduras
A legítima ministra das Relações Exteriores de Honduras, Patricia Rodas, afirmou nesta quarta-feira (21) que não se oporia à ideia de postular as próximas eleições presidenciais, mas apenas se "os setores da sociedade" decidirem que "assim deve ser". Em entrevista à Telesur, Patrícia manifestou preocupação com a demora para que ocorra a restituição do presidente Manuel Zelaya – sem a qul as eleições não devem ser reconhecidas.
Publicado 21/10/2009 11:49
"Eu seria candidata presidencial unicamente se os setores da sociedade considerar que devemos ser", disse, ao ser indagada sobre o assunto. "Devemos lembrar que vínhamos construindo um processo de mudanças que não nos deixaram terminá-lo no tempo em que o estado de direito e a nossa constiutuição estabelece", declarou a chanceler, completando que, e para continuar esse processo, "devemos assumir a responsabilidade de um processo constituinte", que propôs o presidente Zelaya.
Segundo Patrícia, as mudanças que o presidente constitucional começou a promover "fizeram tremer a oligarquia", que respondeu com um golpe militar. Ela expressou que o mais importante é o retorno do presidente eleito pelos hondurenhos, e, com isso, o restabelecimento democrático das instituições do país e do projeto constituinte. "Isso é mais importante que um novo processo de candidatura nessa altura, para podermos seguir trilhando o caminho traçado por Zelaya"
Para ela, "agora devemos seguir na construção de um esatdo cidadão, assumiremois a responsabilidade necessário, e, se é a candidatura, o povo que decidirá e nós nos colocamos como soldados da pátria. Zelaya será o líder do processo de transformação e o povo, a vanguarda eu o dirige.
A apenas cerca de 40 dias das eleições em Honduras, o clima é tenso no país da América Central. Para a chanceler, "o processo de diálogo deverá ser concluído com o retorno de nosso presidente constitucional e o regresso à ordem constitucional quebrada por uma golpe militar".
A este respeito, disse que "nos prestamos a não reconhecer, não aceitar um processo eleitoral que não ocorra dentro da ordem, dentro do estado de direito, dentro de um processo constitucional e com a legitimidade que só pode dar o presidente Manuel Zelaya" . A chenceler declarou que, caso Zelaya não seja restituído, não há outra a se feita que não desconhecera eleição, "não participar em um processo eleitoral em que cada voto estará manchado de sangue e sangue de nosso povo".
Ela explicou que o processo eleitoral não pode ser convocado da noite para o dia, mas "deve ser todo um processo através do qual podemos conhecer as propostas dos candidatos. E os cidadãos têm o direito de escolher quem quer e quem não quer". De acordo com a chanceler, para isso, é preciso que hajaparticipação em igualdade de condições, um processo de legitimidade na ordem constituional. "Porém, em Honduras, houve um golpe, que destrói a legalidade do pleito", colocou
Questionada sobre qual deve ser a reação da comunidade internacional, se ocorrerm eleições sob o regime golpista, Patrícia Rodas disse que qualquer país "que se orgulhe de ser democrata e acreditar na democracia como princípio fundamental de uma sociedade não pode aceitar um processo eleitoral que resultou de um golpe militar".
Com Telesur