Edvaldo lembra Barão de Rio Branco e defende solução diplomática
Os debates em torno da situação dos estudantes brasileiros em Santa Cruz de la Sierra motivaram o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães (PCdoB) a transferir a presidência ao primeiro secretário, Taumaturgo Lima (PT), e assumir a tribuna nesta quinta-feira, 15.
Publicado 15/10/2009 20:02 | Editado 04/03/2020 16:10
“Decidi falar aos familiares de estudantes brasileiros e também aos proprietários de terra na faixa de fronteira”, explicou.
Edvaldo invocou o espírito do Barão de Rio Branco, considerado o pai da diplomacia brasileira, e lembrou que o Brasil tem sua maior faixa de fronteira com a Bolívia. “Nunca vamos deixar de ser vizinhos. Assim sendo, a solução que podemos pretender seja para os estudantes, seja para os agricultores não pode ser de confronto, mas envolvendo a diplomacia brasileira e autoridades do Estado”, declarou.
O presidente reconhece que o consulado de Santa Cruz de la Sierra precisa ter uma postura mais ativa, mas lembrou que se negar a dialogar com as autoridades bolivianas seria postura de um vizinho mal educado. “Se nosso consulado não tem cumprido bem o seu papel, nós temos autoridade política para cuidar desta questão”, disse Edvaldo.
A relação com os bolivianos, segundo análise de Edvaldo, deve ser aprimorada à semelhança da relação que vem sendo desenvolvida com os peruanos através de esforços da Aleac e do governo. “Vamos encontrar um caminho de solução por um único motivo: nós vamos continuar vizinhos da Bolívia por toda a vida e além de nossa geração”, argumentou.