Crise econômica: China desacelera desemprego nos “emergentes”

A tendência é que a divergência na trajetória do desemprego nas duas regiões ficará ainda mais acentuada daqui para frente, de acordo com levantamento conduzido pelo diretor da divisão de economia global do JPMorgan, David Hensley.

Nos “emergentes”, o desemprego já teria atingido o ponto mais alto da crise e tenderia ao declínio, embora sem nem longe compensar os postos que precisam ser criados anualmente para absorver os recém-ingressados na população economicamente ativa. A taxa média também é muito influenciada pela China.

Para os desenvolvidos, a previsão é de elevação da taxa e, depois de atingir o pico, o recuo ocorreria de forma muito lenta, mantendo o desemprego em níveis elevados no próximo ano. Três diferenças essenciais entre o rumo do desemprego nas nações emergentes e desenvolvidas são delineadas no estudo do JPMorgan.

Forte crescimento

A primeira constatação é a de o desemprego já se estabilizou nas economias “emergentes” em um nível inferior ao pico atingido, enquanto a taxa continua em elevação nas economias avançadas.

Outra verificação do levantamento é a evidência de que o pico atingido pelo desemprego no grupo “emergente” é significativamente inferior ao nível corrente da taxa de desemprego nos países desenvolvidos. E, portanto, muito menor do que o pico que ainda será tocado neste conjunto de países.

A terceira observação aponta uma discrepância também quanto à trajetória futura do desemprego nos dois grupos. Depois da estabilização, o desemprego nos “emergentes” tende a embarcar em um percurso de declínio, impulsionado por forte crescimento da economia destes países. Nos desenvolvidos, o desemprego provavelmente recuará lentamente depois que atingir o pico.

Com informações do Monitor Mercantil