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Aliados do Banco Central (BC) indicam alta da Selic mais cedo

Os “analistas” do mercado financeiro — uma meia-dúzia de consultores de grandes conglomerados do mundo das finanças que acaba balizando a política monetária brasileira — consultados pelo Banco Central (BC) agora “esperam” que o aperto monetário comece mais cedo no próximo ano.

A expectativa dos “analistas” é que a taxa básica de juros, a Selic, seja mantida no atual patamar de 8,75% ao ano até junho de 2010. A estimativa anterior era até agosto. Na nova previsão, a Selic subirá para 9% ao ano em julho, terá nova alta para 9,25% ao ano em setembro, chegará a 10% ao ano em outubro e encerrará 2010 em 10,25% ao ano.

A taxa básica de juros é o instrumento usado pelo BC supostamente para controlar a inflação, mas que tem por finalidade única sustentar a ciranda financeira com títulos públicos — quando a economia está aquecida e os preços estão em alta, o BC aumenta os juros básicos, e os reduz quando ocorre o inverso.

Inflação

Os conselheiros do BC também aumentaram mais uma vez a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2010. Segundo o boletim Focus, divulgado todas as semanas com as opiniões dos aliados do BC, a expectativa para a taxa passou de 9,75% para 10,25% ao ano.

Esse é o terceiro aumento seguido na projeção. Há quatro semanas, a estimativa era de 9,25% ao ano. Para o final de 2009, os “analistas” não alteram a projeção de 8,75% ao ano há 16 semanas. Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de 4,80%, contra 4,50% previstos no boletim anterior.

Quanto à inflação, os “analistas” fazem projeções que estão dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O centro da meta, para 2009 e 2010, é de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. O governo escolheu o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para acompanhar a meta de inflação.

As informações são da Agência Brasil