Sem categoria

Triplica número de voluntários para a Olimpíada do Rio de Janeiro

Participar de uma Olimpíada não é sonho somente de atletas. Milhares de pessoas de todos os cantos do Brasil e de pelo menos 20 países já estão inscritas para trabalhar nos Jogos de 2016, mesmo de graça, sem medalhas em jogo. Antes de o Rio de Janeiro ser confirmado em Copenhague como cidade-sede, 5 mil interessados já haviam se cadastrado no site da organização da candidatura. Após a confirmação do Comitê Olímpico Internacional (COI), o número triplicou.

“A cultura do voluntariado está muito forte no Brasil. Não faltará gente para ajudar”, diz Paula Hernandez, gerente de voluntários do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que está impressionada com o número de contatos. Com base em Jogos anteriores, o COB estima que 45 mil voluntários serão chamados, um verdadeiro exército para dar suporte aos atletas em cerca de 500 funções, que vão desde auxílio nas competições ao deslocamento dos atletas.

Ainda não está definido quando será feita a seleção. Mas a economista Marianna Lessa, de 27 anos, Moradora de Niterói, quer estar lá. Inscrita há seis meses, ela foi voluntária dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e ficou contagiada com o clima olímpico. Guarda fotos ao lado de estrelas do esporte — como a jogadora Marta — e lembranças de um dos momentos mais especiais de sua vida.

“Foi uma experiência inigualável. Era como estar em outro mundo, em outros países, perto da minha casa”, conta Marianna, que dançou na cerimônia de abertura do Pan e improvisou no inglês para se comunicar com as delegações estrangeiras.

Árbitro de futebol, Eduardo Monteiro, de 27 anos, quer participar trabalhando do evento que sempre sonhou em figurar como competidor. Enquanto 2016 não chega, ele criou uma comunidade no Orkut para reunir voluntários para 2016. “Fiz meu cadastro na primeira semana de inscrições, há mais de seis meses”, lembra Monteiro, confiante que será chamado por ter experiência como voluntário em outras competições internacionais.

Outro idioma ajuda

Não é obrigatório falar outro idioma além do português para se inscrever como voluntário para a Olimpíada de 2016. Mas o conhecimento em língua estrangeira conta pontos na hora da seleção. “São muitas funções diferentes. Para muitas delas, como o trabalho na Vila Olímpica, por exemplo, é necessário saber outro idioma. Mas não saber outra língua não é questão eliminatória”, explica Paula Hernandez.

Conta pontos também ter participado como voluntário de outros eventos esportivos. Por isso, quem atuou nos Jogos Pan-Americano de 2007 leva vantagem, mas não tem garantias que participará. Os critérios de seleção dos voluntários ainda serão definidos pelo COB e pelo COI. Os organizadores acreditam que o número de candidatos será bem superior ao Pan, quando 80 mil pessoas se inscreveram.

Ao todo, 20 mil pessoas participaram, dois anos atrás, do Pan e do Parapan. Agora, para quem se interessa em ser voluntário da Olimpíada, as inscrições devem ser feitas pelo site www.rio2016.org.br.

Da Redação, com informações do Lancepress