Aprovada criação da Universidade da Integração Latino-Americana
A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul aprovou nesta semana o relatório do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ao projeto que cria a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O texto segue agora para o Senado, onde tramitará em três comissões.
Publicado 09/10/2009 21:12
Se for aprovado sem emendas, a matéria vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ainda não ter tido o projeto definitivamente aprovado no Congresso, Dr. Rosinha explicou que as atividades da Unila tiveram início no mês passado, com a constituição oficial do Conselho Consultivo do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea).
Constituído por 14 integrantes, de 12 diferentes países latino-americanos, a posse do conselho marca o início do processo de implantação da Unila, que funciona provisoriamente no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira. Otimista com a previsão do governo de receber as primeiras turmas de estudantes já no próximo semestre, Dr. Rosinha ressalta o potencial da universidade na importante missão de promover a integração latino-americana e estimular o intercâmbio cultural e científico entre os países do grupo.
O projeto da Unila cria 250 cargos de professor, além de outros 67 cargos de nível superior e 139 de nível técnico. "Nós sabemos que é importante a integração comercial. Mas comércio pelo comércio não se sustenta, gera crise atrás de crise. Então, a universidade vai cumprir um papel fundamental com cursos, por exemplo, na área de Saúde Pública, na questão de Direito Ambiental, de História voltado para as questões da América Latina – todos eles abordando temas importantes para a América Latina, preparando pessoas para atuar dentro dos seus próprios países e outras para atuar na construção da integração", afirmou Dr. Rosinha.
A Unila, na avaliação do parlamentar, representa, sobretudo, a meta do presidente Lula de abrir as fronteiras do Brasil para o intercâmbio de conhecimento. A universidade também deverá estimular, na avaliação do petista, o desenvolvimento regional. "Neste primeiro momento, quem vai ganhar é Foz do Iguaçu, que contará com um espaço de debate político, integração cultural, construção de identidade. Em seguida, todo este ganho será irradiado para os demais países que terão alunos formados na Unila", avaliou.
A seleção de professores e alunos da Unila prioriza pessoas de todos os países da região e será feita tanto em português quanto em espanhol. A sede definitiva da Universidade será construída em um terreno doado pela Itaipu Binacional, no Paraná.
O planejamento dos projetos pedagógicos da Unila já tiveram início. Essa tarefa caberá ao Imea, que dará o primeiro impulso para a formatação dos cursos de graduação e pós-graduação da Unila. O órgão terá as suas atividades divididas em dez cátedras latino-americanas, cobrindo diversas áreas do conhecimento. Até que o projeto da Unila receba a sanção do presidente Lula, a Universidade Federal do Paraná é a tutora oficial do conselho da Unila.
Fonte: www.ptnacamara.org.br