Lula Morais diz que auditores fiscais sofrem com defasagem
O líder do PCdoB na Assembleia Legislativa, deputado Lula Morais, afirmou, na sessão desta quarta-feira (07/10), que o setor de auditoria fiscal da Controladoria do Estado (CGE) está com defasagem de profissionais e tem uma média salarial abaixo da registrada no Nordeste. O órgão comporta 60 cargos, mas hoje conta apenas com 39.
Publicado 08/10/2009 09:33 | Editado 04/03/2020 16:34
Segundo o comunista, muitos profissionais foram aprovados em concursos onde as vantagens eram maiores e desistiram da CGE. Os que permanecem nos postos, reivindicam o preenchimento das cadeiras ociosas e a equiparação remuneratória com os demais estados da Região. A classe cearense chega a ganhar menos da metade do que é pago nas demais localidades. “Eles precisam ser valorizados”, disse Lula, citando a Frente Parlamentar em Defesa dos Auditores da Controladoria, que será lançada hoje pela AL.
O colegiado vem para fortalecer a luta da categoria, que tem como premissa fiscalizar, corrigir e orientar gestores sobre os riscos de ilegalidades no tocante ao uso de recursos públicos. Essa otimização de verbas é feita por meio da manutenção do Portal da Transparência; do acompanhamento das tomadas de contas especiais; da realização de auditorias periódicas; do controle da inadimplência dos municípios e da elaboração de relatórios de controle interno sobre as contas de Governo. “Arrecadar é importante; controlar é essencial. Essas são as palavras de ordem”, pontuou Morais.
Compõem a frente os deputados Nelson Martins (PT), Rachel Marques (PT), Sérgio Aguiar (PSB), Téo Menezes (PSDB), Welington Landim (PSB), Adahil Barreto (PR), Jaziel Pereira (PMDB), Roberto Cláudio (PSB) e Heitor Férrer (PDT). Lula será o presidente dos trabalhos.
Em apartes, os deputados Lucílvio Girão (PMDB), Moésio Loiola (PSDB) e Heitor Férrer reforçaram o discurso do líder comunista em prol dos auditores fiscais da Controladoria. “Sou a favor dessa classe”, afirmou o peemedebista, sendo complementado pelo tucano: “a situação deles parece com a dos defensores de quatro/cinco anos atrás. Em nome da moralidade pública, são peças vitais”.
Já Heitor comparou o salário pago no Ceará ao de estados como o Piauí e Pernambuco. Nosso Estado remunera os auditores em R$ 4 mil, enquanto os piauienses recebem R$ 9 mil e os pernambucanos R$ 8,7 mil. “Temos o segundo PIB (Produto Interno Bruto) do Nordeste. Não é justo que num estado como o Piauí, que tem um terço do nosso, se pague duas vezes mais. Essas reivindicações são justas e fáceis de serem cumpridas. Eles pedem sem nenhum gozo pessoa. É para bem servir”, assinalou.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL