Oposição quer CPI a “qualquer preço”
A oposição demonstra estar muito empenhada em instalar uma CPI que possa servir aos seus propósitos de montar um palco para o embate político com o governo visando as eleições de 2010. Uma semana depois da CPI mista do MST ter sido “abortada”, com a retirada de assinaturas dos deputados do requerimento, na Câmara e no Senado, a oposição anuncia novas investidas nesse sentido.
Publicado 06/10/2009 17:53
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) informou, nesta terça-feira (6), que está coletando novas assinaturas para apresentar requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Campo. De acordo com o deputado, além de investigar repasses de verba ilegal da União para o Movimento dos Sem-terra (MST) a comissão deverá investigar também a questão da reforma agrária no País "como um todo". A proposta já começa “capenga”, já que não tem objeto específico para investigação.
O senador tucano Flecha Ribeiro (PA) aproveitou o debate na Comissão de Agricultura do Senado, nesta segunda-feira (5), para ressuscitar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. Desta vez, ele quer que a comissão seja exclusiva do Senado, já que a comissão mista foi arquivada pela retirada de assinaturas de deputados.
Os deputados Lorenzoni, Ronaldo Caiado (DEM-GO) e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentaram mês passado requerimento para criação de uma CPI mista para investigar o MST. Porém, na quinta-feira passada (1o), um dia após a leitura do requerimento em sessão plenária do Congresso Nacional, a Mesa Diretora do Senado
informou que alguns deputados haviam retirado a assinatura na última hora. O documento foi arquivado porque não continha o número de assinaturas mínimo exigido pelo regimento.
Para garantir a criação da CPMI são necessárias 27 assinaturas do Senado e 171 da Câmara.
De Brasília
Márcia Xavier