Jô alerta para a circunstância de Honduras
Durante sessão extraordinária na noite de ontem (29), a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) fez um chamamento a seus pares que se revezavam na tribuna entre prós e contra as ações do presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya e à postura do governo brasileiro.
Publicado 30/09/2009 09:29 | Editado 04/03/2020 16:51
“A discussão sobre a situação de Honduras não se refere apenas à circunstância especial de um país da América Central. A circunstância de Honduras é a defesa fundamental da democracia no continente”, disse.
Jô Moraes alertou para a necessidade de uma visão histórica e geopolítica da questão: “Quero lembrar a todos que, naquele período em que a América Latina era ceifada na sua liberdade e na sua democracia, foi nesse pequeno país que se desencadeou um processo autoritário em todo o continente latino-americano”.
Em seu pronunciamento, a deputada expressou sua solidariedade, de sua bancada e de seu partido ao “presidente legitimamente eleito, Manuel Zelaya” e que hoje se encontra abrigado na embaixada do Brasil em Honduras. “ Estranho aqui qualquer tipo de consideração quando se fala sobre democracia, questionando-se o direito de um presidente eleito encaminhar uma possível alteração constitucional, quando não há mesma grita em relação ao presidente da Colômbia, que pretende ainda hoje buscar o terceiro mandato”, comparou.
Jô Moraes também se solidarizou com o presidente Lula e com o corpo diplomático nacional, representado pelo ministro Celso Amorim. “Eu me solidarizo com a coragem do Presidente Lula e do Ministro Celso Amorim. Defender o direito à liberdade e à democracia do povo hondurenho é recuperar o direito inalienável que lhe foi dado de eleger um presidente e de lhe tirar do mandato, caso aquele povo assim o quisesse. Por isso, neste momento em que se tenta levar uma bancada de Parlamentares, eu me associo ao movimento para que se possa conquistar uma efetiva liberdade naquele país.”