Chávez revela sua torcida em 2010: 'Minha candidata é a Dilma'
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste sábado (26) que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é sua candidata para as eleições brasileiras de 2010. "Dilma será a próxima presidente do Brasil", previu Chávez em seu discurso na abertura da 2ª Cúpula América do Sul-África, realizada em Isla Margarita, na Venezuela.
Publicado 27/09/2009 00:47
"Sei que vão me acusar de ingerência, meu coraçãozinho é quem está falando", disse. "Minha candidata é a Dilma".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que escolheu Dilma para ser sua sucessora, em um "terceiro mandato" do seu projeto, estava presente no encontro, na ilha venezuelana de Martarita. Ouviu o discurso de Chávez e sorriu.
Chávez, que promoveu no ano passado um referendo autorizando reeleições sucessivas para cargos executivo na Venezuela, lamentou o término do mandato do presidente brasileiro. "Mas Lula não se irá, ele fica, assim como Néstor Kirchner (ex-presidente da Argentina), que se foi, mas não se foi", afirmou Chávez, em referência à eleição da presidente Cristina Kirchner como sucessora do marido.
Lula, perguntado sobre o tema em entrevista publicada esta semana pela revista americana Newsweek, explicou suas razões para rejeitar a tese dos mandatos sucessivos, agora abraçada também pelo direitista presidente colombiano, Álvaro Uribe.
"Por que eu não quero um terceiro mandato? Porque o que vale para mim vale para meus opositores. Se agora eu quero três mandatos, amanhã eles vão querer quatro. Por isso eu digo que você não pode brincar com a democracia. Dois mandatos e oito anos é um tempo razoável para se governar um país", disse Lula na Newsweek (veja aqui a entrevista completa).
O presidente Chávez costuma deixar claras as suas preferências em eleições presidenciais nos países vizinhos. Os candidatos que recebem as demonstrações de simpatia pagam um preço por isso, já que o presidente bolivariano é satanizado pela mídia hegemônica latino-americana. Os resultados das urnas, porém, na maioria das vezes têm favorecido as forças que Chávez identifica como aliadas.
Da redação, com agências