PIG: A favor do Golpe

O ESTRAGO de Minas, o "pequeno" (em vendas e falido, apesar do BDMG) jornal dos mineiros fez mais um disparate e demonstrou de que lado está no conflito em Honduras.

No dia 23, o jornal divulgou na capa uma foto do conflito ocorrido entre policiais e manifestantes em frente à Embaixada Brasileira de Tegucigalpa (capital hondurenha) juntamente a uma fotografia de Manuel Zelaya, presidente deposto, dormindo em com seu tradicional chapéu por cima da face. Junto às imagens foi posta a seguinte frase "Enquanto Honduras pega fogo…”

A tentativa nítida de induzir o leitor a uma interpretação erronia de que enquanto toda a confusão ocorria nos arredores do prédio da embaixada, Zelaya tranquilamente dormia próximo a uma janela, é a reafirmação da linha editorial conservadora e reacionária deste órgão de imprensa.

Imediatamente, entidades de todos os setores encaminharam por e-mail um abaixo assinado repudiando a atitude do jornal. Confira:

Repudiamos a prática tendenciosa do Jornal Estado de Minas, realizada no dia 23 de setembro de 2009, ao estampar em sua capa uma imagem do conflito ocorrido entre policiais e manifestantes nos arredores da Embaixada Brasileira de Tegucigalpa (capital hondurenha) juntamente a uma fotografia de Manuel Zelaya, presidente deposto, dormindo em com seu tradicional chapéu por cima da face. Junto às imagens foi posta a seguinte frase "Enquanto Honduras pega fogo…”

Numa postura claramente antiética, o jornal dá a entender que as fotos são simultâneas, condicionando o leitor a crer que, enquanto toda a confusão ocorria nos arredores do prédio da embaixada, Zelaya tranquilamente dormia próximo a uma janela, durante o dia.
Somos contrários a atitude do Jornal Estado de Minas, que mancha não só a imagem de Minas Gerais, mas de todo o Brasil perante a comunidade internacional. Jornalismo não deve ser feito de forma tendenciosa; o jornalismo ancora-se nos fatos, na pluralidade de vozes, no respeito à ética e aos leitores. Conclamamos o Jornal Estado de Minas a prestar contas aos seus leitores e à sociedade por tão vil ato de desrespeito ao direito humano à comunicação e à informação.

De Belo Horizonte,
Fabricio Menezes