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Uma centena de chefes de Estado e governo inundam a ONU

A Organização das Nações Unidas inicia nesta segunda-feira (21) a semana mais complexa dos últimos tempos, com a presença aqui de quase uma centena de chefes de Estado e governo e a celebração de várias reuniões de alto nível.

Por Víctor M. Carriba, para a agência Prensa Latina

A atividade começa nesta segunda-feira com um encontro presidencial da Aliança de Pequenos Estados Insulares (AOSIS, na sigla em inglês), que tem por objetivo chegar a uma posição comum entre os 42 países membros na busca de um novo protocolo sobre a mudança climática.

Se trata de pequenas ilhas de costas baixas, que constituem as vítimas mais vulneráveis do aquecimento da terra e da eventual elevação do nível do mar com o derretimento das calotas polares.

A reunião da AOSIS ocorre às vésperas de uma cúpula sobre a mudança climática convocada pela ONU para amanhã, como um esforço final que permita lograr em dezembro próximo, em Copenhague, um acordo substituto do Protocolo de Quioto, de 1997, sobre esse assunto.

A reunião de terça-feira não emitirá documento algum e será realizada por meio de várias mesas redondas, que tratarão, entre outros pontos, acerca das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Um dia depois, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Barack Obama, dos Estados Unidos e Muammar el Gadafi, daLíbia, abrirão a lista de oradores do debate geral da Assembleia da ONU, que se estenderá até a segunda-feira da próxima semana.

Nesta primeira jornada falarão também os presidentes Tabaré Vazquez, do Uruguai, Michelle Bachelet, do Chile, Cristina Fernández, da Argentina, Alvaro Uribe, da Colômbia, Manuel Zelaya, de Honduras, Mauricio Funes, de El Salvador, Leonel Fernández, da República Dominicana e Daniel Ortega, da Nicarágua, entre outros.

A cadeia de encontros na cúpula continuará na terça-feira com uma reunião entre os chefes de Estado dos países membros do Conselho de Segurança, orgão da ONU presidido durante este mês pelos Estados Unidos, dedicado à não proliferação de armas nucleares e ao desarmamento nuclear.

Os outros integrantes são França, Reino Unido, Rússia e China, Burkina Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia, Vietnã, Áustria, México, Japão, Turquia e Uganda.

De maneira intercalada, dentro de toda essa atividade, devem se realizar numerosos contatos entre diversos governantes, sobre temas variados, entre os quais destaca-se o conflito no Oriente Médio.

De acordo com anúncios feitos em Washington, o presidente americano conversará na ONU com o premiê israelense Benyamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, primeiro de forma separada e depois em conjunto.

O objetivo, segundo porta-vozes estadunidenses, é tratar de assentar as bases para reabrir as negociações em torno da crise na região, marcada pela agressão israelense contra a Faixa de Gaza em dezembro passado e a continuação da construção de assentamentos ilegais israelenses no território palestino.

A 64ª Assembleia Geral começou na última terça-feira, presidida pelo diplomata líbio, Alí Treki, e sob o lema Respostas Efetivas Ante as Crises Mundiais: Intensificação das Relações Multilaterais e do Diálogo entre as Civilizações em prol da Paz, da Segurança e do Desenvolvimento Internacionais.