Metalúrgicos do Rio iniciam reuniões da campanha salarial
No dia 15, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio e o Grupo 19 da Firjan realizaram a primeira reunião de negociação sobre o acordo coletivo para 2009/2010. A conversa, entretanto, mostrou que a negociação não será tranquila e exigirá a participação da categoria.
Publicado 21/09/2009 18:30 | Editado 04/03/2020 17:04
A direção patronal argumentou que os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a crise não permitem um aumento real para os trabalhadores como no ano passado. E propuseram reajuste de 4%.
“A crise vai ser sempre usada como pretexto pelos empresários. Mas a verdade é que eles estão demitindo para contratar empresas terceirizadas para se livrar do pagamento dos direitos dos trabalhadores, além de um grande processo de rotatividade. Assim é mole falar de crise!”, analisou Marcio Ferraz, secretário-geral do Sindimetal.
Para Alex Santos, presidente do sindicato, “já sabemos que o Brasil saiu da crise. O crescimento da economia é real. Estão sendo divulgados semanalmente índices positivos confirmando isso. Agora precisamos unir mais a categoria, envolvendo todos os segmentos, em torno da nossa bandeira. Este ano, o metalúrgico é dez!”.
Novas assembleias
A próxima assembléia geral da Campanha Salarial 2009/2010 será no dia 1º de outubro (quinta-feira) na sede do Sindicato. Até lá, o Sindicato já terá realizado mais duas reuniões com a Firjan (dias 22 e 29 de setembro) e outras duas com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) (dias 17 e 24 de setembro). A última reunião agendada com o Grupo 19 da Firjan está marcada para o dia 6 de outubro.
“Parece que o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa) está aguardando as negociações com os outros setores avançarem. Vamos unificar nossas ações para que esse setor se movimente e agende a reunião de negociação. Não vamos permitir que o trabalhador seja prejudicado”, avalia Alex.
O Sindimetal também promoverá assembleias nos estaleiros, entre eles EISA e Rionave, para discutir com os metalúrgicos o andamento da negociação específica com o setor naval. “Vamos nos organizar de forma a envolver o máximo de trabalhadores possível nas assembleias. Esse é o nosso objetivo“, afirmou Alex.
“Conclamo a todos que participem das atividades que estarão acontecendo neste próximo período, tanto na nossa sede quanto na porta das fábricas. A unidade na luta é nosso instrumento fundamental! Só fazendo muita pressão conquistaremos mais direitos e melhores salários, com a valorização do nosso trabalho!”, convoca o presidente.