Haroldo Lima no Roda Viva: pré-sal é fator de multiplicação
Diante de recente notícia que diz que a Petrobrás vai mais que dobrar a produção, chegando a mais de três bilhões de barris, dentro de três anos, Haroldo Lima, diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), explicou no Programa Roda Viva, na noite desta segunda-feira (14), na TV Cultura, que o pré-sal vai multiplicar em três ou quatro vezes a produção de petróleo no Brasil. Apresentado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, o programa foi ao ar sem qualquer corte ou edição.
Publicado 15/09/2009 09:18
A Petrobrás já perfurou 31 poços, significando 70% a 80% de sucesso. “Na região de platô, que fica entre São Paulo e Minas Gerais, foram 13 poços perfurados e 13 sucessos. Isso é excepcional”, falou Haroldo, destacando que, no mundo, a margem é de um sucesso para cada 10. “É algo vultoso e vai multiplicar muito as nossas reservas”.
O diretor-geral da ANP informa que, hoje “temos 14,7 bilhões de barris de petróleo. Vamos chegar a três ou quatro vezes mais do que isso com o pré-sal”.
Sobre o monopólio e a privatização da Petrobrás, Haroldo explica que o monopólio foi quebrado, mas a privatização não aconteceu.
“O modelo de estatal da Petrobrás revelou-se um sucesso no Brasil. Todos os países que não têm petróleo usam contrato de concessão. Todos os países que têm petróleo usam contrato de partilha”, explica Haroldo, falando sobre os modelos de contrato. No pré-sal, há baixo risco exploratório, por isso a defesa do modelo de partilha. Segundo ele, a Petrosal deve fiscalizar todos os contratos.
Controle do conhecimento
Entre tantos pontos polêmicos, Haroldo explica que a Petrobras é uma operadora única. “Operadora é quem controla o conhecimento. Não queríamos que viesse alguém de fora para controlar o conhecimento”, explica Haroldo, acrescentando que a Petrobrás tem que ser a operadora do pré-sal. Há 364 campos exploratórios e os 13 poços perfurados são todos da Petrobrás.
“A questão é que descobrimos muito petróleo. Temos que avançar nesse terreno”, fala Haroldo.
O diretor-geral da ANP falou também sobre questão ambiental, os carros a diesel, o preço dos combustíveis e a CPI da Petrobrás. Neste último, Haroldo esclarece: "Porque entramos na CPI? Eu, pessoalmente, não sei. Sei que nós saímos de cabeça erguida, com todos os senadores dizendo que foi positivo, foi esclarecedor, os argumentos passados pela ANP”.
Confira o material extra (áudio, foto e vídeo) acessando: http://www.iptvcultura.com.br/rodaviva/feeds
Fonte: TV Cultura