Messias Pontes – Chega de entreguismo: o pré-sal é nosso!
A direita irracional e entreguista brasileira – PSDB, DEMO, PPS e a grande mídia conservadora, venal e golpista – não aprende com a história. A grande crise global do capitalismo estourada no ano passado, com epicentro dos Estados Unidos, jogou por terra a lógica neoliberal do Estado mínimo, mostrando com muita nitidez que o Estado é o único indutor do desenvolvimento.
Publicado 02/09/2009 08:36 | Editado 04/03/2020 16:34
O desgoverno tucano-pefelista, seguindo à risca o famigerado Consenso de Washington, constituiu-se numa verdadeira tragédia para o povo brasileiro: o Estado foi praticamente desmontado, a saúde, a educação e a infraestrutura foram completamente sucateadas, o desemprego jogou na rua da amargura milhões de pais e mães de família, a corrupção foi institucionalizada, as empresas estatais estratégicas foram entregues a preço de banana, notadamente para o capital alienígena, a taxa Selic chegou a 49%, o Brasil quebrou três vezes, a subserviência ao império do Norte nunca foi tão acentuado, e a auto-estima dos brasileiros foi para o fundo do poço.
Durante o período da última tragédia brasileira – 1985 a 2002 -, poucas foram as empresas estatais estratégicas – Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNB, o BASA, Furnas e principalmente a Petrobras, empresa orgulho nacional – que não tiveram o mesmo destino das demais, pois a pressão popular foi muito grande.
Não fosse a vitória das forças democráticas e populares em outubro de 2002, com Luiz Inácio Lula da Silva à frente, certamente os apátridas tucano-pefelistas teriam tentado entregar o que restou, contando com a subserviência e conivência da grande mídia conservadora, venal e golpista e de uma maioria capacha no Congresso Nacional.
É sempre oportuno lembrar que ao assumir o poder político em 1º de janeiro de 1995, com o espírito de Carlos Lacerda incorporado, o Coisa Ruim declarou que naquele momento estava se iniciando o fim da Era Vargas, numa alusão ao projeto nacional de desenvolvimento do ex-presidente Getúlio Vargas que ele considerava “jurássico”. Tudo isso em nome do deus mercado a serviço do famigerado Consenso de Washington e dos interesses do imperialismo norte-americano.
Naquele período, a canalha neo-udenista, com o Coisa Ruim à frente, bem que tentou entregar a Petrobras na bandeja das almas. Praticamente a cada mês provocava vazamento de petroleiros, causando verdadeiros desastres ecológicos, levando a empresa a pagar pesadas multas.
Chegaram até a provocar o afundamento da Plataforma P-36 e com ela alguns petroleiros. Tudo isso objetivando “mostrar” para a sociedade que “empresa estatal é ineficiente, cabide de emprego e antro de corrupção”.
Foi tentado até mudar o nome da empresa para Petrobrax, tirando assim o seu caráter nacional. Acreditavam os entreguistas tucano-pefelistas que assim a empresa seria mais atrativa ao capital estrangeiro. A Petrobras era chamada de “Petrossauro”, palavra herdada do grande entreguista Roberto Campos e repetida pela tucanada traidora.
Com a eleição e reeleição do presidente Lula, o processo privatista de traição nacional foi estancado, passando a Petrobras a receber o tratamento que merece, com vultosas somas investidas na pesquisa em águas profundas, já que o Brasil é detentor dessa tecnologia. Chegou-se à camada pré-sal, a mais de sete mil metros de profundidade, com descobertas de reservas de aproximadamente 100 bilhões de barris de óleo leve e de gás.
Essa riqueza é tamanha que despertou a cobiça imperialista norte-americana, tendo o então presidente George W. Bush reativado a sua 4ª Frota Naval, desativada depois da Segunda Guerra Mundial.
O presidente Lula não só condenou a reativação da 4ª Frota ianque como anunciou que a riqueza do pré-sal pertence ao povo brasileiro e será usada para investir na educação, na cultura, no meio ambiente, no desenvolvimento científico e tecnológico e na erradicação da miséria em nosso País.
Essa decisão do presidente Lula foi aplaudida pela esmagadora maioria dos brasileiro, mas causou a indignação dos entreguistas demo-tucanos que logo pregaram aviso de que essa riqueza deve ser entregue aos acionistas da Petrobras, a maioria estrangeira, numa demonstração do seu caráter apátrida, ou seja, de traição nacional. Não resta mais dúvida de que essa gente incorporou o espírito de toda a canalha udenista, tendo à frente Roberto Campos e Carlos Lacerda.
Um novo marco regulatório se faz imperativo e urgente, pois, como enfatizou o presidente Lula, “seria um grave erro manter na área do pré-sal, de baixíssimo risco e grande rentabilidade, o modelo de concessões, apropriado apenas para blocos de grande risco exploratório e baixa rentabilidade.
Anteontem o presidente Lula encaminhou ao Congresso Nacional a sua proposta para a megajazida petrolífera, com prazo de 90 dias para a apreciação e votação de quatro projetos de lei. Contudo os traidores demo-tucanos já anunciaram que não aceitam e vão boicotar a votação.
Esses inimigos do povo condenam o presidente Lula por ter afirmado que o petróleo e o gás pertencem a todo o povo brasileiro que deterá em suas mãos a maior parte da renda gerada. Também demonizam o Presidente por este enfatizar que “o Brasil não vai se transformar num mero exportador de óleo cru”, mas que “vai exportar gasolina, óleo diesel e produtos químicos que valem muito mais, geram empregos e uma poderosa indústria fornecedora dos equipamentos e serviços”.
O povo está com Lula, que disse: “O pré-sal é patrimônio da União, riqueza do Brasil e passaporte para o nosso futuro”.
Chega de entreguismo: o pré-sal é nosso!
Messias Pontes é jornalista e colaborador do Vermelho/CE