Meirelles e Bernardo fazem diagnóstico positivo da economia
Um dia após a divulgação da queda recorde da produção industrial, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, demonstrou preocupação com o desempenho de alguns setores da economia e não descartou a possibilidade de mais medidas de incentivo.
Publicado 11/08/2009 10:23
Segundo Bernardo, que participou de seminário da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governo está acompanhando de perto os desempenhos de segmentos como metal-mecânico e exportador, que foram severamente afetados pela crise financeira internacional e ainda encontram dificuldade para se recuperarem.
"O resultado do primeiro semestre foi ruim, mas não foi nada do que nós não soubéssemos. A grande queda da indústria foi nos últimos três meses de 2008 e nos três primeiros meses de 2009, depois disso as medidas do governo já surtiram efeito", disse o ministro. "Já há uma recuperação da indústria há seis meses seguidos, mas é bem verdade que ainda não recuperou o que caiu no momento mais agudo da crise. Ainda há alguns setores ligados a commodities metálicas, metal-mecânico e exportação que merecem uma atenção maior", acrescentou.
Bernardo não detalhou que tipo de apoio o governo poderia dar a esses setores, mas afirmou que é uma orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da área econômica, acompanhar de perto o desempenho desses segmentos. "A orientação é fazer permanentemente uma avaliação da economia e dos setores que eventualmente precisam de algum apoio, mas ainda não temos medidas articuladas ou prontas ou uma medida de bolso", disse Bernardo.
Já o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que existem sinais de que a economia brasileira já saiu da recessão. "A economia brasileira mostra sinais de ter crescido no segundo trimestre e de continuar a crescer no terceiro. Tudo isso mostra uma trajetória clara de que há sinais antecedentes de que o país já saiu da recessão", disse Meirelles, após participar da 13ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais do Mercosul, Bolívia, Chile, Peru e Venezuela. Segundo ele, a expectativa é de que o Brasil chegue ao final deste calendário em trajetória de crescimento, possibilitando a retomada, em 2010, do "crescimento sustentado" dos últimos anos
Com informações da Agência Brasil