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Protógenes promete dar os nomes da rede corrupta de Dantas

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz afirmou, na manhã deste domingo (15), em uma palestra organizada pelo Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), em São Paulo, que explicará relações corruptas do banqueiro Daniel Dantas em depoimento à C

Segundo Protógenes, faltam policiais no Brasil e os poderosos não são punidos. “O banqueiro bandido foi socorrido de forma histórica pela Justiça brasileira, com dois habeas corpus. O banqueiro bandido foi condenado pela Justiça brasileira e não cumpre pena”, observou.


 


Ele disse que ainda não foi convocado oficialmente pela CPI, mas que já se dispôs a prestar esclarecimentos voluntariamente. “Entendo que a Comissão Parlamentar de Inquérito exerce neste momento uma atividade muito importante para o Brasil e para a democracia. Evidentemente, com alguns interesses privados em jogo, mas também muitos interesses públicos em jogo, e eu sou portador desses interesses”, afirou.


 


Ocupações


 


Sobre as ocupações de movimentos de trabalhadores sem-terra em fazendas pertencentes a Daniel Dantas, Protógenes falou que “ocupar fazenda de banqueiro bandido é obrigação do povo brasileiro. Não estou fazendo apologia à ocupação de terreno, mas vou provar que ele comprou com dinheiro do cofre público”, garantiu.


 


No final de fevereiro, um grupo de militantes do MST ocupou a fazenda Espírito Santo, em Eldorado dos Carajás (PA), pertencente à Agropecuária Santa Bárbara, de propriedade do Grupo Opportunity do banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi um dos presos na Operação Satiagraha, comandada por Protógenes, mas o delegado acabou sendo afastado do caso, acusado de ter se excedido nas investigações.


 


Durante a palestra, Protógenes voltou a afirmar que conduziu a operação de forma legal e que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Alberto Menezes Direito, em resposta a uma consulta, declarou em voto que seria permitido o intercâmbio de informações entre a Agência Brasileira de Informações (Abin) e outros órgãos de inteligência, como a PF. “Isso já é uma sinalização da mudança no pensamento do STF”. O delegado deixou o seminário sem falar com a imprensa.