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Mulheres podem ocupar postos-chaves no governo Obama

Duas mulheres, a senadora pelo estado de Nova York Hillary Clinton e a governadora do Arizona, Janet Napolitano, aparecem como candidatas favoritas para liderar postos-chave no futuro governo Barack Obama.


Hillary é a preferida para o Departam

A rede de televisão CNN informou, na madrugada passada, que Penny Pritzker lidera a lista para o Departamento de Comércio. Mas a revista ''Politico'' informa hoje que a multimilionária empresária de Chicago decidiu se retirar por possíveis conflitos de interesse.


 


''Acho que posso servir melhor o país na minha atual capacidade: criando negócios, postos de trabalho e trabalhando para fortalecer nossa economia'', disse Pritzker em comunicado.


 


Fontes próximas ao processo de seleção disseram à imprensa local que Laura D'Andrea Tyson, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca com o presidente Bill Clinton (1993-2001), é outro dos nomes que aparecem para o Departamento de Comércio.


 


Hillary na diplomacia


 


Onde parece haver menos confusão é no Departamento de Estado, onde a senadora democrata desponta como uma opção cada vez mais viável.


Confirmada sua designação, Hillary se transformaria em uma das mulheres mais influentes do país.


A senadora possui aliados em ambos os grupos do espectro político e conta com o apoio majoritário da opinião pública.


 


No domingo, Jon Kyl, segundo na hierarquia dos republicanos no Senado americano, disse que Hillary seria uma ''escolha muito boa'' para liderar o Departamento de Estado.


O senador democrata Byron Dorgan assegurou, nesse mesmo dia, que Hillary seria confirmada sem problemas pelo Senado se escolhida.


Uma pesquisa divulgada ontem pelo centro Gallup mostra que a maioria dos americanos (57%) vê com bons olhos a possível designação da ex-primeira-dama americana.


 


Negócios da fundação


 


Entre os democratas, o sim a Hillary é inequívoco, com 79% a favor de que ela se torne secretária de Estado. Entre os republicanos, o apoio é de apenas 28%.


Uma vez confirmada, a senadora seguiria os passos de outras duas mulheres bem-sucedidas: a atual secretária republicana Condoleezza Rice e a democrata Madeleine Albright.


Entre os empecilhos para sua nomeação figuram os negócios da fundação presidida por seu marido, Bill Clinton, que poderiam gerar conflitos de interesse, e a oposição dos grupos antibelicistas, que vêem com receio seu apoio à invasão do Iraque.


Outra das possíveis ''mulheres fortes'' do governo de Obama seria a governadora do Arizona, Janet Napolitano.


Napolitano pode estar em breve à frente do Departamento de Segurança Nacional, criado após os atentados de setembro de 2001.


A política, de 50 anos, foi a primeira mulher na história do país a atuar como promotora do governo, procuradora-geral do Estado e governadora de forma consecutiva.


 


Imigração


 


A governadora se opôs a vários projetos de lei que tinham como objetivo os imigrantes ilegais e decidiu pôr ênfase no sistema e nas pessoas que tornam possível a imigração ilegal.


Assim, pediu que os Estados assegurassem que seus empregados residem de forma legal no país e criou uma unidade destinada a deter os que falsificam documentos de identidade.


Napolitano defende reforçar a segurança fronteiriça, mas expressou seu ceticismo sobre a conveniência de levantar um muro na fronteira entre EUA e México.


Grupos a favor de uma reforma migratória integral como América's Voice deram hoje as boas-vindas a sua possível designação.


''A governadora Napolitano seria uma escolha magnífica'', assegurou Frank Sharry, diretor-executivo da organização, que destacou suas credenciais em segurança nacional e sua capacidade de trabalhar de forma bipartidária.


O senador republicano John McCain celebrou também hoje a possível escolha dela.


''A experiência da governadora como ex-promotora do governo federal, ex-procuradora-geral do Estado do Arizona e governadora garantirá sua rápida confirmação pelo Senado e espero que seja confirmada com rapidez'', afirmou McCain, em comunicado.


 


 


Com agências