Comunista búlgaro adverte para perigo de guerra com a crise
Alexander Paunov, primeiro-secretário do Partido Comunista da Bulgária, fez uma grave advertência no Encontro Internacional dos PCs, sobre o perigo da crise global do capitalismo conduzir a uma guerra. Ele lembrou que “esta é uma saída tradicional” e analisou o papel dos Bálcãs neste contexto.
Publicado 21/11/2008 17:04 | Editado 13/12/2019 03:30
“As obras mais lidas agora são as de Marx. Será que os capitalistas que lêem Marx conseguem entendê-lo?”, indagou o dirigente búlgaro.
Paunov deteve-se na análise da Península Balcânica. “Os Bálcãs são uma região complexa, capaz de explodir a qualquer momento. Em Kossovo sentimos que as coisas estão tensas, assim como na Albânia, na Macedônia e também em nosso país, a Bulgária”, advertiu.
A análise do Partido Comunista da Bulgária conclui que, com a crise, “o mundo capitalista não terá outra saída a não ser um conflito militar”. Paunov advertiu que “esta é uma saída tradicional” e previu que “nossa região dos Bálcãs terá um papel importante nessa saída”.
“Por isso, gostaríamos de discutir aqui a questão da luta pela paz. Nós, comunistas búlgaros, realizamos no Parlamento, no partido e no povo um grande debate sobr este tema. Somos contra as guerras de agressão no Iraque e no Afeganistão; somos contra as bases militares; somos pela liberdade e independência”, concluiu o líder comunista búlgaro.
Em sua contribuição para o 10.º Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários, realizado em São Paulo, a presidente do Partido Comunista na Dinamarca, Betty F. Carlsson, apontou a necessidade de renovar a tática dos comunistas para enfrentar a crise.
Em sua intervenção durante o primeiro dia do 10.º Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários, realizado em São Paulo, Gyula Thürmer, presidente do Partido Comunista dos Trabalhadores da Hungria, fez um balanço dos 20 anos de destruição do sistema socialista em seu país.
“A Índia distingue-se por seu duplo método de opressão”, a opressão de castas e aquela de classes, destacou a intervenção de D. Rada, deputado e secretário nacional do Partido Comunista da Índia. Ao falar no 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários, nesta sexta-feira, da resistência dos trabalhadores, ele assinalou que na época da ofensiva neoliberal a Índia já passou por 12 greves gerais.
A eleição de Barack Obama “marca um ponto de virada estratégica”, opinou Libero Della Piana, presidente do Partido Comunista dos Estados Unidos em Nova York e membro do Comitê Nacional desse partido, no Encontro dos PCs que começou nesta sexta-feira (21) em São Paulo. Em um evento onde vários oradores se referiram a este resultado, ora acentuando suas potencialidades, ora suas limitações, a opinião do PC-EUA foi uma das mais otimistas. Veja o trecho da fala de Della Piana que aborda este tema.