Exercício de guerra simula defesa de reserva do pré-sal

As Forças Armadas iniciaram nesta sexta-feira (12) um treinamento que vai se prolongar pelos próximos 13 dias. Mais de 10 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica simulam uma situação de guerra entre dois países – que receberam os nomes fictícios

Os exercícios compreendem a defesa de refinarias de petróleo e de portos, a patrulha marítima e o controle do espaço aéreo. O objetivo da Operação Atlântico é treinar a defesa das bacias petrolíferas de São Paulo, do Rio de Janeiro e Espírito Santo e da infra-estrutura de gás.

São usados na operação 17 navios, 40 aeronaves e 327 veículos terrestres, sob a coordenação do Ministério da Defesa. Além do treinamento, os militares vão prestar atendimento médico e ajudar na reforma de casas e prédios públicos em municípios da região Sudeste.

''A Amazônia azul é tão importante quanto a Amazônia verde. Não mais importante, mas tão importante quanto'', disse o almirante Edlander Santos, comandante da operação. A prioridade para a ação da Marinha se deve à localização das reservas, na plataforma marítima, às vezes perto do limite de 200 milhas náuticas das águas territoriais brasileiras.

Durante o exercício, o ''país verde'' – composto por Rio de Janeiro, norte de São Paulo e partes de Minas Gerais e Goiás – atacará o ''país amarelo'' – Bahia e Espírito Santo – para garantir o domínio das megadescobertas petrolíferas da Petrover, estatal fictícia do ''país verde''.

O treinamento é realizado todos os anos. A diferença nesta edição é que o exercício se estenderá para o continente, de acordo com  Edlander.

No ano passado, a operação visava à proteção das plataformas da Bacia de Campos. Neste exercício, aumentamos a abrangência, indo até o litoral terrestre, fazendo a defesa dos portos e terminais que estão envolvidos na infra-estrutura de petróleo e gás. Vamos fazer a proteção de refinarias, gasodutos e oleodutos – analisou Edilander.  

Segundo o almirante, o exercício também trará respostas para perguntas envolvendo eventuais carências na defesa dessa área. ''Será que temos os navios e os meios necessários para proteger esses 4,5 milhões de quilômetros quadrados? Vamos verificar '', disse ele.

Com informações da Reuters