Tânia Soares reverencia a memória da advogada Ronilda Noblat
A deputada estadual Tânia Soares (PCdoB-SE) destacou na sessão de hoje, 25, a morte da advogada baiana. Ronilda Noblat. 67, ocorrida no dia 23 (segunda-feira), em Salvador, vítima de insuficiência respiratória, agravada por uma pneumonia. A pa
Publicado 26/06/2008 08:13 | Editado 04/03/2020 17:20
No pronunciamento, Tânia Soares lembrou que a advogada Ronilda Noblat defendeu sergipanos presos no regime militar durante a Operação Cajueiro, ocorrida em fevereiro de 1976 pelo Exército com o objetivo de reprimir o PCB no país. Foram presos naquela época, por exemplo, Marcélio Bomfim, o então bancário Antônio José de Góes, o advogado Jackson de Figueiredo e o petroleiro Milton Coelho de Carvalho, num total de 34 pessoas.
Segundo Tânia, a advogada Ronilda Noblat teve um papel importante naquela época, justamente por defender estas pessoas que foram vítimas do regime militar. Ela lembrou a prisão de Bosco Rollemberg, atual chefe de gabinete do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PCdoB, condenado há cinco anos de prisão, mas que conseguiu habeas-corpus dois anos depois por conta da atuação de Ronilda. Ao todo, advogada assumiu a defesa dos 19 militantes presos e processados, absolvendo todos no julgamento na 6ª Circunscrição Militar, em Salvador, no dia 16 de agosto de 1978.
“Ela foi uma mulher corajosa”, frisou Tãnia Soares, ressaltando que na biografia da advogada consta o fato de ter defendido o ex-preso político Theodomiro Romeiro – o primeiro brasileiro a ser condenado à pena de morte no Brasil, e, 1970, Hoje e Theodomiro é juiz do Trabalho. Ronilda foi enterrada no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador, no dia 23.