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Hu Jintao declara Japão 'Estado pacífico'

O presidente chinês, Hu Jintao, de visita ao Japão, assinou na quarta-feira (8) uma declaração conjunta com o primeiro-ministro Yasuo Fukuda em que declara que o país asiático é um “Estado pacífico”.

“Para trás ficam os tempos em que a China foi invadida e colonizada pelo Japão”, nos anos 30 e 40, e os mais altos dirigentes dos dois países concordaram em estabelecer visitas regulares “em princípio todos os anos”, pondo fim a um longo entrave nas relações entre os dois países, devido às diferenças sobre o passado militarista do Japão.



Entre 2001 e 2006 as atitudes do então primeiro-ministro Junichiro Koizumi, que visitou regularmente o santuário de Yazukuni, onde estão enterrados criminosos de guerra, levaram Pequim a suspender o diálogo diplomático de alto nível entre as duas nações, em protesto contra a afronta.



O santuário é também o cemitério de militares do Exército japonês, criminosos de guerra que participaram da sangrenta ocupação da China durante a Segunda Guerra Mundial, durante a qual foram mortos 30 milhões de chineses.



O documento é o quarto desse tipo assinado desde 1972 e foi anunciado no primeiro dia da viagem oficial que o presidente chinês Hu Jintao faz ao pais vizinho, na última quarta-feira.



“As duas nações concordam que Japão e China compartilham grande responsabilidade para a paz mundial e o desenvolvimento no século 21”, afirma a declaração conjunta.



“Lideres dos dois Estados vão desenvolver meios para intercâmbios regulares, a princípio com um líder visitando o outro a cada ano”, consta no texto.



Ontem, quinta-feira, Hu assistiu, junto com o premiê japonês e o ex-primeiro ministro Nakasone Yasuhiro, a cerimônia inaugural do Ano de Intercâmbio entre os Jovens da China e Japão, celebrada no dia 8 de abril na Universidade Waseda, em Tóquio.