Sem categoria

Líderes comunitários cobram indenização para deslocados pelo PAC no Rio

A questão da indenização e do realojamento dos moradores que terão suas casas demolidas para dar lugar às obras de urbanização é uma das que mais preocupam os líderes comunitários das favelas cariocas beneficiadas com as obras do Programa de Aceleração do

Em um debate promovido pela Rádio Nacional neste final de semana, eles destacaram o que consideram os possíveis impactos das obras e defenderam que a comunidade seja ouvida com mais freqüência.



“Só essa mudança da moradia, você sair de um barraco e ir morar num apartamento de dois quartos já é um salto de qualidade para mais de 50% dos moradores, mesmo tendo problemas que ainda serão discutidos nesses três anos. Agora vamos ver se conseguimos aumentar o número de novas habitações, para melhorar a qualidade de vida de nossos moradores”, diz Marcelo Radar, membro do Comitê de Fiscalização e Acompanhamento do PAC em Manguinhos.



Para o diretor da ONG  Rocinha 21, Carlos Costa, a ações policiais devem continuar, mas não é a polícia que vai garantir as obras. “Não precisa de polícia para proteger a obra. Quem vai proteger é o morador, que é o principal interessado. Isso não é descartar a presença da polícia, enquanto estado, atuando na defesa dos cidadãos que moram ali.”



O  presidente da Associação de Moradores da Grota, favela que integra o Complexo do Alemão. Wagner Bororó defendeu que a mídia passe a adotar uma postura mais positiva da mídia em relação às comunidades, destacando as mudanças trazidas pelas obras do PAC, em vez de priorizar a questão da violência do tráfico.



As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começaram este mês em três conjuntos de favelas do Rio. De acordo com o governo federal, elas representam um investimento de R$ 1,14 bilhão e devem gerar 4,6 mil empregos diretos.



Fontre: Agência Brasil