PCdoB defende frente de esquerda em Vilhena

Principal município Cone Sul de Rondônia, Vilhena começa a assistir as mobilizações em torno das eleições municipais de outubro.

Dois grupos já apresentam com nomes à prefeitura: o do clã Donadon (PMDB) e o ligado ao governador Ivo Cassol (sem partido).


 
A esquerda local, representada pelo PCdoB, PT, PSB, PDT e PSol, tenta viabilizar uma aliança. O presidente do PCdoB, Júlio Olivar, é cotado para prefeito e defende que as lideranças progressistas devam estar juntas, apesar da proposta defendida por alguns de se aliar, pragmaticamente, ao grupo de Cassol.



Segundo Olivar, é necessário que o município tenha uma alternativa de poder, que emane dos movimentos sociais e dos trabalhadores em geral. “Não podemos ser cooptados e nem abrir mão de disputar a prefeitura na cidade que é sinônimo de capitalismo no estado, com tremendas injustiças sociais”, pondera Júlio Olivar.



Sobre a proposta de aliança com o grupo de Cassol, Olivar afirma que também tem conversado com as lideranças ligadas ao governador. Ele diz que há um tom de cordialidade e respeito mútuos nestas conversas, No entanto, afirma Olivar, há também muitas incompatibilidades “de ordem ideológica”. Ele reconhece, porém, que de fato seria interessante uma coligação mais abrangente, com apenas um nome disputando a prefeitura contra o clã Donadon. “Para isso acontecer, esperamos que dêem uma demonstração de amor a Vilhena, estando conosco. O apoio de todos é muito bem-vindo”.



 
DIFERENCIAL



 
O presidente do PCdoB de Rondônia acredita que os cinco partidos de esquerda devem iniciar, “o quanto antes”, os debates acerca de um programa de governo para a cidade. Faltam quatro meses para as convenções e o inicío da campanha eleitoral.


 
“O nosso diferencial será apresentar um projeto para a cidade. Não se pode ficar falando apenas de eleições. Vilhena precisa ser debatida amplamente com toda a sociedade, antes do início da campanha propriamente dita, que muitas vezes se resume a convencer os eleitores a votar neste ou naquele. Isso não é cidadania e nem democracia participativa. Às vezes, descamba para o pão e circo”, afirma Olivar.


 


Da assessoria.