Indústria cresce 8,5% em janeiro, segundo o Ipea
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima um crescimento de 8,5% para a produção industrial mensal de janeiro, em comparação com igual mês do ano anterior. Em relação ao mês de dezembro de 2007, a estimativa do instituto é de alta de 1,7% n
Publicado 25/02/2008 09:59
Para chegar à estimativa de avanço da produção física da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea se baseia no fluxo de veículos pesados em rodovias concedidas, calculado em conjunto pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria; na produção de papelão, da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO); na produção de veículos, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); e na carga de energia, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em relação ao índice de dezembro – divulgado pelo IBGE no dia 8 e que ficou em 6,4% na comparação com igual mês de 2006, para um acumulado de 6% durante todo o ano passado -, o Ipea avalia que o resultado garante para 2008 um “carry-over” de 1,8%. Isso significa que a indústria crescerá a essa taxa, mesmo se apresentar variação dessazonalizada igual a zero nos 12 meses do ano.
De acordo com o instituto, em janeiro todos os indicadores setoriais utilizados no modelo de previsão da PIM apresentaram crescimento na comparação com igual mês do ano anterior, com destaque para o desempenho da indústria automotiva. “Com relação às perspectivas para a produção industrial em 2008, esperamos crescimento bastante significativo, porém menor que o do ano passado”. afirma texto do Ipea.
O estudo ressalva que, apesar do otimismo dos empresários, alguns fatores podem arrefecer um pouco o crescimento industrial neste ano. Segundo o boletim divulgado pelo Ipea, a indústria tem operado em nível de utilização de capacidade bastante elevado, embora haja a possibilidade de que a maturação de investimentos já ocorridos atenue possíveis efeitos do uso elevado da capacidade.
Fonte: Valor Econômico