Chile reclamará na ONU por ação do Reino Unido na Antártida
O chanceler Alejandro Foxley anunciou nesta segunda-feira (22) que o Chile fará uma reclamação formal perante a Comissão de Limites Externos de Plataforma Continental, divisão das Nações Unidas para Assuntos Oceânicos e de Direito do Mar, após o Reino Uni
Publicado 23/10/2007 11:04
O ministro destacou que a apresentação será feita com base na situação geopolítica e econômica do Chile, que estabelece que “acreditamos que no fundo marinho, que é projeção ou prolongamento da plataforma continental, há um espaço para o Chile reclamar sua projeção, segundo os tratados vigentes”.
Foxley destacou que sobre a questão da Antártida “estamos muito tranqüilos”. “O Chile fez a reserva de seus direitos no território antártico quando nos inteiramos da possibilidade que a Grã-Bretanha fizesse uma reclamação, ninguém pode afetar os direitos do Chile sobre o território antártico, entre outras razões porque historicamente os argumentos do Chile são muito fortes”, afirmou.
Ele acrescentou ainda que essa região é uma prolongação natural do Chile e, que junto com outros seis países, o Chile assinou o Tratado Antártico de 1959, no qual foi acertado que “os direitos dos países signatários não pode ser afetado por nenhum dos outros, nem por países terceiros e, portanto, não há como a reclamação de outro país possa afetar ou diminuir os direitos do Chile sobre a região”.
O chanceler chileno afirmou também que a presença chilena no continente gelado é muito forte e a chancelaria está apoiando expedições à Antártida extremamente significativas que serão realizadas nos próximos meses. Entre elas, uma expedição da qual vão participar alguns dos chilenos que ganharam o último prêmio Nobel, que são especialistas em geleiras, e vão ao Pólo da Inacessibilidade, um lugar extremamente remoto onde vai ser realizada uma investigação simultânea por terra e ar para estabelecer as condições das geleiras.
“Isso serve para dizer que o Chile está presente e incluído na fronteira do conhecimento científico, e presente segundo os termos do Tratado Antártico que permite esse tipo de atividades”, concluiu.
Fonte: Ansa Latina