Bloco de Esquerda tem ato de lançamento no RS na segunda-feira (17)
Após lançamentos do Bloco de Esquerda com repercussão nos estados de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Mato Grosso, agora é a vez do Rio Grande do Sul. Lideranças nacionais e estaduais dos partidos que compõem o grupo (PCdoB, PSB, PDT, PRB, PHS, PMN)
Publicado 13/09/2007 09:04 | Editado 04/03/2020 17:12
Com atuação conjunta que vai se consolidando na Câmara e Senado, e manifesto lançado, os esforços agora se concentram em instituir o Bloco nos estados. O debate proposto pelos partidos parte essencialmente da questão nacional, sobre o aprofundamento das mudanças no país.
Para o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, não se trata de um bloco meramente conjuntural, “mas é uma união de forças baseada em um programa concreto que tem como objetivo maior lutar por um projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e direitos sociais”.
Sobre o lançamento, Frasson salienta que será um ato de confirmação do Bloco de Esquerda como uma força que veio para ficar, não se reduzindo a um acordo meramente eleitoral, mas que vai construir um programa avançado para o país. E que não vai ficar à margem da disputa eleitoral, sendo previsto um importante protagonismo na eleição municipal de 2008 e na definição do candidato das forças avançadas para a sucessão de Lula, em 2010.
Presenças
O ato deve contar com a presença de importantes lideranças das siglas, como o ex-ministro Ciro Gomes (PSB); o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB SP); vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral; presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo; deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB); deputado federal Vieira da Cunha (PDT); deputado federal Beto Albuquerque (PSB).
Bandeiras
Entre as principais questões defendidas pelo Bloco de Esquerda, e que farão parte do debate no estado, estão a defesa da autonomia do governo para decidir e definir sobre a política macro-econômica; a defesa dos direitos dos trabalhadores, por mais empregos e por política permanente de valorização do trabalho e de elevação do salário-mínimo; e apoio à política externa do governo, centrada na afirmação da presença soberana do Brasil no mundo, no aprofundamento das relações Sul-Sul, e na integração sul-americana.
Semente do futuro
Para Aldo Rebelo, do PCdoB, a origem popular é uma das características comuns aos partidos da frente. O comunista destacou o passado de lutas de PDT, PCdoB e PSB, mas principalmente a alternativa que esses partidos buscam consolidar para conduzir o país às mudanças. “Somos também a semente do futuro, que nós queremos ainda melhor, ainda mais democrático, ainda mais justo, e com ainda mais direitos para os trabalhadores brasileiros”.
Aldo também lembrou os esforços do Bloco para, apoiando Lula, levar o governo à esquerda. “Amigo não é só aquele que dá tapa nas costas nos momentos de vitória. É também aquele que tem a coragem e a franqueza de criticar o que não está bom”, apontou.
Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, ressaltou que a Plataforma lançada pelo Bloco de Esquerda é uma união programática de forças populares. Rabelo ainda frisou que o Bloco não está fechado e pode receber adesões de outros partidos que concordarem com a Programa.
O ato será realizado no Auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa do RS. O início está marcado para às 19h.
Clomar Porto