Brasil é maior no “Second Life” do que no mundo real
A representação brasileira no Second Life já é tão grande que ultrapassou, em dados proporcionais, os números de território e população do país em relação ao mundo real. Segundo informações do Linden Lab e da Kaizen Games, o Second Life Brasi
Publicado 06/07/2007 18:44
As contas foram feitas com base no número de usuários cadastrados no Second Life Brasil (cerca de 400 mil) em relação ao total de residentes (pouco mais de 7,6 milhões). A Kaizen Games e o iG ocupam também cerca de 1,5 milhão de metros quadrados (virtuais), contra 75 milhões de todo o Second Life.
Na vida real, os índices são menos expressivos. Com cerca de 188 milhões de habitantes, o Brasil tem hoje 2,8% da população terrestre e ocupa 1,66% da superfície. Mesmo assim, é considerado o quinto maior país em extensão, atrás de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.
Segundo o diretor de marketing do Second Life Brasil, Emiliano de Castro, a presença brasileira na segunda vida cresce à ordem de 30% a 40% ao mês. A média de novos avatares criados mensalmente é de 200 mil.
''Podemos construir ilhas em qualquer espaço do metaverso, mas optamos por deixá-las reunidas'', afirma. A tendência é mundial entre os provedores do Second Life. Não há divisão por países no SL, mas uma separação informal por língua.
Orkut
Não é de se espantar a grande presença de brasileiros em novos experimentos da Web 2.0. O primeiro boom ocorreu com o Orkut – site de relacionamentos do Google – a partir de 2004.
A ''invasão'' tupiniquim foi tão grande que comunidades americanas reivindicaram a exclusão de perfis do Brasil. O Google acabou oferecendo o serviço em português. Hoje, são do Brasil 55,24% dos usuários do site.
Cientistas sociais passaram a estudar o fenômeno e são quase unânimes nas conclusões. O sucesso se daria pela grande sociabilidade dos brasileiros e pelo início da cultura de interação em redes, até então ausente no país.
Sobre o Second Life
O Second Life é um universo 3D interativo criado em 2003 onde os usuários podem conversar com outras pessoas, construir, comprar e vender itens, dançar, jogar e realizar muitas outras atividades. Ganhou versão brasileira em abril, distribuída no país pela Kaizen Games e pelo iG.
Para entrar no SL, o usuário precisa ter um computador com bom desempenho, conexão de banda larga e o programa cliente do programa, que pode ser baixado a partir do site do Second Life Brasil (www.secondlifebrasil.com.br), gratuitamente.
O usuário não paga nada para construir o seu avatar – a representação do jogador dentro do mundo virtual. Paga apenas para construir alguma coisa, o que exige a posse de um terreno no mundo virtual e, claro, se quiser comprar itens pagos.
Da Redação, com Estadão Online