Para ONU, Minustah deve permanecer no Haiti até 2011
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) deveria permanecer no país pelo menos até as próximas eleições gerais de 2011. A opinião é Edmund Mulet, assessor direto do secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Publicado 03/07/2007 14:59
Mulet justificou sua opinião por entender que o país caribenho ainda se encontra em uma situação de fragilidade, e também por entender que existe a necessidade de iniciar uma segunda fase da intervenção baseada na ajuda humanitária, nos programas de desenvolvimento econômico e social e no fortalecimento das instituições.
“Estou muito otimista porque agora temos, talvez pela primeira vez na história do Haiti, todos os ingredientes necessários para que tudo acabe bem”, afirmou Mulet, lembrando que nos últimos 20 anos o país sofreu mais de oito intervenções.
A Minustah chegou ao Haiti em junho de 2004 por decisão do Conselho de Segurança da ONU, após a saída do presidente Jean-Bertrand Aristide. A Força de Paz é formada por militares do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai.
Os soldados da Minustah respondem atualmente por 85% das operações de segurança no país, enquanto a Polícia Nacional haitiana, em processo de formação, é responsável por apenas 15% da segurança.
Cúpula do Mercosul
A situação do Haiti foi um dos temas tratados durante a mais recente Reunião de Cúpula do Mercosul, realizada na semana passada, em Assunção, Paraguai.
Os presidentes do bloco destacaram “a evolução positiva do processo democrático no Haiti” e comemoraram as conquistas importantes da Minustah, que vem “garantindo um ambiente de estabilidade e segurança no país, viabilizando assim o desenvolvimento político local”.
Processo eleitoral
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti tem trabalhado em vários projetos para terminar o processo eleitoral iniciado no último dia 7 de fevereiro no país, informou à Agência Prensa Latina o diretor geral desse organismo, Fraçois Benoit.
“Nosso trabalho segue seu curso normal. O CEP avança no registro de cerca de 500 mil novos eleitores, enquanto emite novos títulos de eleitores para todos os cidadãos”, afirmou.
O diretor do CEP lamentou, no entanto, que o projeto de lei que prevê eleições indiretas para o país ainda não tenha sido votado pelo Parlamento. A proposta já tem o apoio de 13 partidos. “Assim que o projeto for aprovado, iremos tomar as providências necessárias para organizar as eleições”, afirmou.
Da redação, com agências